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quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Santarenos ausentes

Por Ercio Bemerguy
Um renomado e bem-sucedido médico nascido e criado em Santarém e há vários anos residente em Belém, em conversa com um conterrâneo seu, apontava e criticava bastante as deficiências dos hospitais e clinicas que funcionam na Pérola do Tapajós, notadamente o hospital público municipal, lamentando o quanto sofrem as pessoas pobres quando necessitam ser atendidas pelos profissionais - médicos e enfermeiros - de plantão.

O amigo que, pacientemente, escutava tudo com a máxima atenção, fez esta pergunta ao severo crítico: - “Há quanto tempo estás ausente de Santarém? – “Eu já nem lembro mais da última vez que estive lá. Parece que foi um pouco antes da minha formatura que aconteceu em 1987.- Égua! Mais de 20 anos, então. Mas, quando eu morava na minha Pérola, sendo filho de família pobre, acalentava um sonho que, até para os meus pais, parecia impossível: ser médico - para cuidar das pessoas carentes da minha terra natal, pois eu tinha e ainda tenho muita pena dessa gente sofrida."“Então, companheiro, a hora é esta. Vai lá, passa pelo menos um fim de semana consultando gratuitamente, doando remédios, tratando de aliviar as dores e os sofrimentos dos nossos irmãos mocorongos.” "Infelizmente, não vai dar não, são muito cansativas as viagens pra lá. E a minha família não abre mão de todo fim de semana curtirmos as praias e o mar de Salinas.”

Nesse fato real, se encaixa perfeitamente esta observação feita por Thomas Fuller: “Amigo é o que te socorre, não quem tem pena de ti”. Né, não?

Aliás, “santarenos ausentes” desse tipo não são poucos. Arribaram, venceram na vida e não voltaram mais, não estão nem aí para a terra que deu vida aos seus projetos e aos seus sonhos. Nem uma visitinha em tempo de festa da padroeira ou do Sairé. Mas, não deixam de dizer que estão morrendo de saudade.

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