Por Reinaldo Azevedo - VEJA
É impressionante. O governo lançou a proposta de reforma do ensino médio. E o fez por meio de Medida Provisória. Ou as coisas se davam dessa maneira, ou nada andaria, como se sabe. A razão é simples. Nos países capitalistas — e só há sindicatos em países capitalistas, cumpre notar —, organizações sindicais existem para lutar por benefícios para seus associados. No Brasil, a petização do sindicalismo faz com que as máquinas pensem apenas no próprio fortalecimento.
É claro que eu apoio o projeto. E não estou aqui a dizer algo como: “Ah, já que, com democracia, a coisa não anda, que se vá pela ditadura”. Uma ova! A Medida Provisória é um instrumento legítimo, observadas urgência e relevância. E essas duas coisas estão dadas.
A reação das corporações — e, ora vejam!, do Ministério Público Federal — expõe de maneira clara a ferida: essa gente confunde a democracia, como um valor, com assembleísmo. Ignoram que o regime democrático também é um método de tomada de decisão. Não há ditadura maior do que a reunião eterna, que não chega a lugar nenhum. Nem Dante imaginou um círculo no inferno para tamanha tortura.
Mas eu entendo: para a esquerdalha e o MPF, que se confundem (não se deixem enganar pela Lava Jato, que seria antipetista, o que é mentira!), o projeto do governo padece de três erros graves:
a) é simples de entender (embora de complexa aplicação, reconheço, já digo por quê);
b) atende a uma reivindicação antiga dos próprios setores ligados à educação: o ensino integral;
c) transfere parte das escolhas para os estudantes.
Tudo isso torna a proposta bem mais democrática, é evidente, do que o que temos hoje e do que o modelo que a esquerda tem na cabeça. Eu disse “modelo”? Mas que modelo ela tem, além de nenhum? Que modelo ela tem, além de tentar aparelhar as instâncias do Estado com seus apaniguados?
Ineficiência comprovada
Já fui professor. Sei do que é capaz o sindicalismo nessa área. Está entre os mais poderosos e atrasados do país. Ora vejam: embora sejam estruturas gigantescas e ricas, as entidades sindicais do professorado pouco conseguiram fazer pela causa. A carreira está entre as mais mal pagas de nível universitário. Verdade ou mentira? Uma das categorias que menos se beneficiam da informatização da economia e das relações sociais é justamente a dos professores.
É lamentável que estejam vociferando por aí contra um bom projeto só porque, afinal de contas, não saiu da mente divinal do petismo e das esquerdas.
Atenção! Essa gente ficou 13 anos no poder. O período coincidiu com saltos impressionantes da economia da informação. De que maneira a educação se beneficiou disso? O ensino médio, área em que se começou a mexer, andou para trás.
Espero que o governo saiba enfrentar a resistência e não recue. Entidades que pensam a área, como o “Todos Pela Educação”, e que não a veem apenas como palco da militância sindical em favor dos… sindicatos (!) estão apoiando a mudança.
E há mais: é espantoso que uma das críticas dos “companheiros” aponte a suposta incapacidade de o estudante fazer a escolha do currículo. Isso é só viés autoritário. Quer dizer que, aos 16 anos, o indivíduo está apto a escolher o presidente da República, mas seria incapaz de saber o que é melhor para si na escola? A argumentação é vergonhosa.
É impressionante. O governo lançou a proposta de reforma do ensino médio. E o fez por meio de Medida Provisória. Ou as coisas se davam dessa maneira, ou nada andaria, como se sabe. A razão é simples. Nos países capitalistas — e só há sindicatos em países capitalistas, cumpre notar —, organizações sindicais existem para lutar por benefícios para seus associados. No Brasil, a petização do sindicalismo faz com que as máquinas pensem apenas no próprio fortalecimento.
É claro que eu apoio o projeto. E não estou aqui a dizer algo como: “Ah, já que, com democracia, a coisa não anda, que se vá pela ditadura”. Uma ova! A Medida Provisória é um instrumento legítimo, observadas urgência e relevância. E essas duas coisas estão dadas.
A reação das corporações — e, ora vejam!, do Ministério Público Federal — expõe de maneira clara a ferida: essa gente confunde a democracia, como um valor, com assembleísmo. Ignoram que o regime democrático também é um método de tomada de decisão. Não há ditadura maior do que a reunião eterna, que não chega a lugar nenhum. Nem Dante imaginou um círculo no inferno para tamanha tortura.
Mas eu entendo: para a esquerdalha e o MPF, que se confundem (não se deixem enganar pela Lava Jato, que seria antipetista, o que é mentira!), o projeto do governo padece de três erros graves:
a) é simples de entender (embora de complexa aplicação, reconheço, já digo por quê);
b) atende a uma reivindicação antiga dos próprios setores ligados à educação: o ensino integral;
c) transfere parte das escolhas para os estudantes.
Tudo isso torna a proposta bem mais democrática, é evidente, do que o que temos hoje e do que o modelo que a esquerda tem na cabeça. Eu disse “modelo”? Mas que modelo ela tem, além de nenhum? Que modelo ela tem, além de tentar aparelhar as instâncias do Estado com seus apaniguados?
Ineficiência comprovada
Já fui professor. Sei do que é capaz o sindicalismo nessa área. Está entre os mais poderosos e atrasados do país. Ora vejam: embora sejam estruturas gigantescas e ricas, as entidades sindicais do professorado pouco conseguiram fazer pela causa. A carreira está entre as mais mal pagas de nível universitário. Verdade ou mentira? Uma das categorias que menos se beneficiam da informatização da economia e das relações sociais é justamente a dos professores.
É lamentável que estejam vociferando por aí contra um bom projeto só porque, afinal de contas, não saiu da mente divinal do petismo e das esquerdas.
Atenção! Essa gente ficou 13 anos no poder. O período coincidiu com saltos impressionantes da economia da informação. De que maneira a educação se beneficiou disso? O ensino médio, área em que se começou a mexer, andou para trás.
Espero que o governo saiba enfrentar a resistência e não recue. Entidades que pensam a área, como o “Todos Pela Educação”, e que não a veem apenas como palco da militância sindical em favor dos… sindicatos (!) estão apoiando a mudança.
E há mais: é espantoso que uma das críticas dos “companheiros” aponte a suposta incapacidade de o estudante fazer a escolha do currículo. Isso é só viés autoritário. Quer dizer que, aos 16 anos, o indivíduo está apto a escolher o presidente da República, mas seria incapaz de saber o que é melhor para si na escola? A argumentação é vergonhosa.
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