Desde o começo da Operação Lava Jato, fazia-se uma pergunta surda: “Quando chegará a vez de Antonio Palocci?”. Chegou! Se José Dirceu, antigamente, guardava os arcanos das negociações políticas do PT e depois acabou sendo posto de lado e hoje é um pote até aqui de mágoa com Lula e com o PT, Palocci sempre foi o mago dos entendimentos com o alto empresariado. O mensalão chegou a tangenciá-lo, na figura de um irmão, mas a coisa não prosperou.
Palocci sempre foi o mago do entendimento com o “capital”. E nunca escondeu que fez disso também uma profissão. Tornou-se o, como vou chamar?, consultor mais bem-sucedido do Brasil, mas raramente se meteu com miudezas do cotidiano. Nunca mais voltou a ter o poder que concentrou quando ministro da Fazenda do primeiro governo Lula — nem no breve tempo que chefiou a Casa Civil no primeiro mandato de Dilma. Mas uma coisa é certa: a falta de poder nunca significou falta de influência. Inclusive junto a Lula.
Na raiz da prisão temporária — que é de cinco dias, renováveis por mais cinco —, consta, estão as suas relações com a Odebrecht. Vamos ver. Executivos da empreiteira negociam um acordo de delação premiada que, até onde se sabe, ainda está longe de ser concluído. A questão é saber se as informações que orientam a operação já derivam dessas informações ou a ela se chegou independentemente da colaboração.
Os três tesoureiros do PT já foram presos. Os dois ministros da Fazenda de Lula já tiveram prisão provisória decretada: Guido Mantega e agora Palocci. Quem aguarda na fila a hora de ser atraído para o olho do furacão é Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES. O banco foi peça central do, digamos assim, modelo econômico do PT.
Segundo informações que já chegaram à imprensa, executivos da Odebrecht teriam revelado aos procuradores que Guido Mantega e Luciano Coutinho usaram o BNDES para pressionar empresários a fazer doações à campanha de Dilma. Ricardo Pessoa, da UTC, fez afirmação semelhante em depoimento a Sergio Moro.
Note-se: nesse caso, não se trata de dizer que o diretor X ou Y da Petrobras, afinal, devia satisfações a Lula porque este, no fim das contas, era o responsável último pelas nomeações. Ninguém tem dúvida de que Mantega, Palocci e Coutinho, estes sim, obedeciam às ordens de um chefe.
Agora a Lava Jato chega ao núcleo duro do sistema. De todo modo, ao prender aquele que é, até agora, o petista mais graduado quando se somam a importância que teve no governo, a influência que tem no partido e a proximidade com Lula, a Lava Jato também manda um recado: não se intimidou com os protestos que se sucederam à prisão de Guido Mantega. O alarme tocou no PT: os capas-pretas do partido acham que a operação está fechando o cerco a Lula.
Palocci sempre foi o mago do entendimento com o “capital”. E nunca escondeu que fez disso também uma profissão. Tornou-se o, como vou chamar?, consultor mais bem-sucedido do Brasil, mas raramente se meteu com miudezas do cotidiano. Nunca mais voltou a ter o poder que concentrou quando ministro da Fazenda do primeiro governo Lula — nem no breve tempo que chefiou a Casa Civil no primeiro mandato de Dilma. Mas uma coisa é certa: a falta de poder nunca significou falta de influência. Inclusive junto a Lula.
Na raiz da prisão temporária — que é de cinco dias, renováveis por mais cinco —, consta, estão as suas relações com a Odebrecht. Vamos ver. Executivos da empreiteira negociam um acordo de delação premiada que, até onde se sabe, ainda está longe de ser concluído. A questão é saber se as informações que orientam a operação já derivam dessas informações ou a ela se chegou independentemente da colaboração.
Os três tesoureiros do PT já foram presos. Os dois ministros da Fazenda de Lula já tiveram prisão provisória decretada: Guido Mantega e agora Palocci. Quem aguarda na fila a hora de ser atraído para o olho do furacão é Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES. O banco foi peça central do, digamos assim, modelo econômico do PT.
Segundo informações que já chegaram à imprensa, executivos da Odebrecht teriam revelado aos procuradores que Guido Mantega e Luciano Coutinho usaram o BNDES para pressionar empresários a fazer doações à campanha de Dilma. Ricardo Pessoa, da UTC, fez afirmação semelhante em depoimento a Sergio Moro.
Note-se: nesse caso, não se trata de dizer que o diretor X ou Y da Petrobras, afinal, devia satisfações a Lula porque este, no fim das contas, era o responsável último pelas nomeações. Ninguém tem dúvida de que Mantega, Palocci e Coutinho, estes sim, obedeciam às ordens de um chefe.
Agora a Lava Jato chega ao núcleo duro do sistema. De todo modo, ao prender aquele que é, até agora, o petista mais graduado quando se somam a importância que teve no governo, a influência que tem no partido e a proximidade com Lula, a Lava Jato também manda um recado: não se intimidou com os protestos que se sucederam à prisão de Guido Mantega. O alarme tocou no PT: os capas-pretas do partido acham que a operação está fechando o cerco a Lula.
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