Por Rodolfo Cerveira - colaborador deste blog
É muito corriqueiro ouvir dos acadêmicos e de apreciadores da linguística em geral, comentários semelhantes ao que segue: “... os meios de comunicação ainda reservam espaços para aquelas pessoas que falam apenas na gramática normativa e não em algo científico.” Essa expressão foi dita pelo Prof. Marcos Bagno, do Departamento de Línguas Estrangeiras da UNB, em entrevista a um jornal da terra, no ano de 2014. Sempre se leu e escutou a mesma ou idêntica contestação, todavia, a partir dessa data, acrescentou-se o advérbio de tempo ainda, como se houvesse alguma premeditação de os jornais impressos e falados deturparem de vez com a forma de comunicação da população brasileira.
Não resta dúvida que escapam algumas imperfeições nas redações dos periódicos, decorrentes, quase sempre, da deficiente formação acadêmica do profissional jornalista. Isso ocorre exatamente pela introdução no currículo universitário de matérias exóticas, e mais aquelas de cunho hipotéticos e experimentais. Sendo assim, cabe ao setor competente do governo analisar e fiscalizar a elaboração dos currículos nas unidades educacionais de modo que eles contenham na sua integralidade, o ensino da gramática expositiva da língua portuguesa, pois é com esta arma que o cidadão brasileiro se complementa.
Nada contra os regionalismos e a nossa ancestralidade tupi-guarani, porque são maneiras de se expressar que podem interagir pacificamente - quando se trata de linguagem coloquial ou proferidas por personagens de obras de arte, como literatura, novelas, teatro, etc – com a realidade do quotidiano. Assim é que, conforme pensamos, os cursos de Letras e de Comunicação devem embasar e reforçar os seus ensinamentos no idioma vernacular, uma vez que o curso médio não tem se desincumbido satisfatoriamente dessa missão. Só assim haveremos contar com bons jornalistas e mestres a altura de familiarizar a nossa juventude com o vernáculo pátrio.
A língua portuguesa deve ser ministrada a todos os brasileiros desde os primeiros contatos escolares até os cursos superiores, quando estes exigirem. A Constituição no seu art. 13, determina: “A Língua Portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.” Mais adiante, no art. 211, parágrafo 02, assinala “O ensino fundamental regular será ministrado em Língua Portuguesa assegurando às comunidades indígenas também a utilização de sua língua materna e processos próprios de aprendizagem.” Como os linguistas criticam que usamos somente a gramática normativa, a Constituição Brasileira, como se viu, admite o estudo particular das línguas indígenas, e é este item que faculta a introdução de “algo científico”, com hipóteses, teses, experimentações, com respostas e interpretações, enfim aplicar o arcabouço científico nesses linguajares nativos para esclarecer as origens de nossos falares tupiniquins. Claro, a investigação, se quiser, adentra nas diferentes formas de falar do Norte ao Sul do Brasil, caso necessitem de mais profundidade, podem se servir também das diferentes pronúncias existentes até entre as cidades de um mesmo estado. No Pará, a cidade de Cametá é um exemplo. Nós nos deliciamos com certas prosódias daquelas paragens do baixo Tocantins, sem quaisquer desdouros aos nossos queridos irmãos cametaenses. Abrigamos a todas essas diversidades, porém na hora da comunicação séria entre pessoas e instituições há de se utilizar os ensinamentos da gramática normativa.
Na sequência dos Jogos Olímpicos ou Olimpíadas 2016, segue-se a apresentação de variedades muito extensa de esportes, por pessoas portadoras de alguma deficiência física, cuja denominação até então conhecíamos como Paraolimpíadas. Porém, no trânsito dos jogos uma ordem superior mandou que se alterasse o apelido para “Paralimpiadas”. Como se vê, certas autoridades tomam decisões contra a língua às caladas, às cegas e não às claras! O saudoso Prof. Napoleão Mendes de Almeida, um dos mais notáveis mestres e defensor incansável do nosso idioma dizia “A língua é a mais viva expressão da nacionalidade, saber escrever a própria língua faz parte dos deveres cívicos.”
É muito corriqueiro ouvir dos acadêmicos e de apreciadores da linguística em geral, comentários semelhantes ao que segue: “... os meios de comunicação ainda reservam espaços para aquelas pessoas que falam apenas na gramática normativa e não em algo científico.” Essa expressão foi dita pelo Prof. Marcos Bagno, do Departamento de Línguas Estrangeiras da UNB, em entrevista a um jornal da terra, no ano de 2014. Sempre se leu e escutou a mesma ou idêntica contestação, todavia, a partir dessa data, acrescentou-se o advérbio de tempo ainda, como se houvesse alguma premeditação de os jornais impressos e falados deturparem de vez com a forma de comunicação da população brasileira.
Não resta dúvida que escapam algumas imperfeições nas redações dos periódicos, decorrentes, quase sempre, da deficiente formação acadêmica do profissional jornalista. Isso ocorre exatamente pela introdução no currículo universitário de matérias exóticas, e mais aquelas de cunho hipotéticos e experimentais. Sendo assim, cabe ao setor competente do governo analisar e fiscalizar a elaboração dos currículos nas unidades educacionais de modo que eles contenham na sua integralidade, o ensino da gramática expositiva da língua portuguesa, pois é com esta arma que o cidadão brasileiro se complementa.
Nada contra os regionalismos e a nossa ancestralidade tupi-guarani, porque são maneiras de se expressar que podem interagir pacificamente - quando se trata de linguagem coloquial ou proferidas por personagens de obras de arte, como literatura, novelas, teatro, etc – com a realidade do quotidiano. Assim é que, conforme pensamos, os cursos de Letras e de Comunicação devem embasar e reforçar os seus ensinamentos no idioma vernacular, uma vez que o curso médio não tem se desincumbido satisfatoriamente dessa missão. Só assim haveremos contar com bons jornalistas e mestres a altura de familiarizar a nossa juventude com o vernáculo pátrio.
A língua portuguesa deve ser ministrada a todos os brasileiros desde os primeiros contatos escolares até os cursos superiores, quando estes exigirem. A Constituição no seu art. 13, determina: “A Língua Portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.” Mais adiante, no art. 211, parágrafo 02, assinala “O ensino fundamental regular será ministrado em Língua Portuguesa assegurando às comunidades indígenas também a utilização de sua língua materna e processos próprios de aprendizagem.” Como os linguistas criticam que usamos somente a gramática normativa, a Constituição Brasileira, como se viu, admite o estudo particular das línguas indígenas, e é este item que faculta a introdução de “algo científico”, com hipóteses, teses, experimentações, com respostas e interpretações, enfim aplicar o arcabouço científico nesses linguajares nativos para esclarecer as origens de nossos falares tupiniquins. Claro, a investigação, se quiser, adentra nas diferentes formas de falar do Norte ao Sul do Brasil, caso necessitem de mais profundidade, podem se servir também das diferentes pronúncias existentes até entre as cidades de um mesmo estado. No Pará, a cidade de Cametá é um exemplo. Nós nos deliciamos com certas prosódias daquelas paragens do baixo Tocantins, sem quaisquer desdouros aos nossos queridos irmãos cametaenses. Abrigamos a todas essas diversidades, porém na hora da comunicação séria entre pessoas e instituições há de se utilizar os ensinamentos da gramática normativa.
Na sequência dos Jogos Olímpicos ou Olimpíadas 2016, segue-se a apresentação de variedades muito extensa de esportes, por pessoas portadoras de alguma deficiência física, cuja denominação até então conhecíamos como Paraolimpíadas. Porém, no trânsito dos jogos uma ordem superior mandou que se alterasse o apelido para “Paralimpiadas”. Como se vê, certas autoridades tomam decisões contra a língua às caladas, às cegas e não às claras! O saudoso Prof. Napoleão Mendes de Almeida, um dos mais notáveis mestres e defensor incansável do nosso idioma dizia “A língua é a mais viva expressão da nacionalidade, saber escrever a própria língua faz parte dos deveres cívicos.”
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