O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na noite de ontem, 22, durante discurso em comício de campanha do candidato do PT à Prefeitura do Recife (PE), João Paulo, que os membros do Ministério Público Federal (MPF) que o investigam não foram escolhidos para serem deuses.
"Queria dizer para meus algozes: vocês têm um concurso, mas não foram escolhidos para serem deuses. Eu não tenho concurso, tenho compromisso com o povo desse País", afirmou de cima de um trio, no centro da capital pernambucana. Para Lula, os membros da Operação Lava Jato "erraram um pouco a mão" nas investigações que o envolvem.
O ex-presidente disse duvidar que algum dos membros da operação sejam mais honestos do que ele. "Duvido que dentro do Ministério Público, da Polícia Federal ou o juiz (federal Sérgio) Moro sejam mais honestos que eu. Eles podem ser iguais", disse. "Enquanto eles têm convicção, eu tenho uma história", acrescentou o petista.
Lula afirmou que não pode admitir que cinco cidadãos brasileiros - em referência aos membros do MPF da força tarefa da Lava Jato - "cutuquem" a vida dele para fazer um "show de pirotecnia" depois, dando entrevistas à imprensa, como fizeram quando apresentaram sua denúncia, na semana passada, em Curitiba (PR).
Ele acusou a imprensa, parte da PF e parte do MP de fazerem um "conluio" contra ele. "Você não precisa ser julgado. Só precisa ter três ou quatro manchetes de jornais para ser condenado pela opinião pública", declarou. Para o petista, não é possível condenar com base em fala de delatores, "um cara que quer livrar o seu".
O ex-presidente disse que esse conluio quer destruir o PT, não pelas coisas ruins que acham que o partido fez. "Querem destruir, quem criminalizar, porque o PT, em apenas 20 anos, fez o que eles não fizeram em cinco e sete anos". "Se eles têm medo do vermelho (cor da bandeira do PT), eu tenho orgulho do vermelho", disse. Lula afirmou que não é preciso se preocupar, pois ele "está tranquilo".
O ex-presidente disse ainda que o Brasil precisa retomar a normalidade política, jurídica e social. Na avaliação dele, caso o governo do presidente Michel Temer (PMDB) consiga aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece um teto para os gastos públicos por 20 anos, "até o Piso (Nacional) dos Professores vai acabar".
Ele ainda criticou a operação da PF desta quinta-feira que prendeu temporariamente seu ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega (PT), em um hospital de São Paulo, quando ele acompanhava a esposa. "Eles entraram na sala de cirurgia, para depois vir com a maior desfaçatez pedir desculpa. Eles sabiam que a mulher estava na sala de cirurgia", disse.
Em seu discurso, o ex-presidente disse ainda que é hora do povo "dar o troco" e "dar o golpe" nos candidatos cujos partidos votaram a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. "É dar um golpe neles e votar em João Paulo para prefeito", disse, acrescentando que "elite não cassou mandato de Dilma, mas rasgou título de eleitor do povo".
Em Recife, o principal adversário de João Paulo é ao atual prefeito Geraldo Júlio, do PSB, que tenta reeleição. O PSB apoiou majoritariamente o impeachment da ex-presidente Dilma tanto na Câmara quanto no Senado Federal.
Antes do comício, Lula fez uma caminhada pelas ruas do centro de Recife ao lado de João Paulo. Da caçamba de uma caminhonete, eles partiram da Câmara Municipal da capital pernambucana e seguiram até a Praça da Independência, mais conhecida como Praça do Diário, onde o ex-presidente da República discursou.
Ao som de jingles da campanha de João Paulo e até da campanha de Lula a presidente de 1989, cerca de 20 mil pessoas participaram do evento, segundo estimativa dos organizadores - a Polícia Militar não divulgou números oficiais. A maioria era militantes e simpatizantes do PT, mas também houve manifestações contrárias.
Na Avenida Conde da Boa Vista, moradores de um apartamento protestaram com uma bandeira do Brasil e um pixuleco (boneco inflável) de Lula vestido de presidiário. O Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, também presenciou manifestação de funcionários de uma loja de colchões, que fizeram sinais de desaprovação com o dedo polegar para baixo.
Antes de Lula, alguns parlamentares pernambucanos também discursaram. "(O presidente Michel) Temer não gosta de nordestino, Temer não gosta de pernambucano", afirmou o líder do PT no Senado, Humberto Costa. Ele disse ainda que a direita política brasileira "jamais" vai fazer algo pela Região Nordeste como, na avaliação dele, governos do PT fizeram.
Entre os candidatos a prefeito do PT nas capitais, João Paulo é o que possui mais chances de ser eleito. O petista está em segundo lugar nas pesquisas. De acordo com a última pesquisa Ibope realizada entre 9 a 13 de setembro, o petista tem 27% das intenções de votos em Recife, contra 38% do atual prefeito, Geraldo Júlio (PSB), que tenta reeleição.
Mesmo tendo sido tornado réu pela segunda vez em ações na Justiça nesta semana, o ex-presidente Lula faz um tour por cidades do Nordeste para apoiar candidatos do PT e de partidos aliados. Nessa quarta-feira, 21, ele esteve em cidades do Ceará. Antes de ir ao Recife nesta quinta-feira, 22, ele participou de campanha em Natal (RN).
"Queria dizer para meus algozes: vocês têm um concurso, mas não foram escolhidos para serem deuses. Eu não tenho concurso, tenho compromisso com o povo desse País", afirmou de cima de um trio, no centro da capital pernambucana. Para Lula, os membros da Operação Lava Jato "erraram um pouco a mão" nas investigações que o envolvem.
O ex-presidente disse duvidar que algum dos membros da operação sejam mais honestos do que ele. "Duvido que dentro do Ministério Público, da Polícia Federal ou o juiz (federal Sérgio) Moro sejam mais honestos que eu. Eles podem ser iguais", disse. "Enquanto eles têm convicção, eu tenho uma história", acrescentou o petista.
Lula afirmou que não pode admitir que cinco cidadãos brasileiros - em referência aos membros do MPF da força tarefa da Lava Jato - "cutuquem" a vida dele para fazer um "show de pirotecnia" depois, dando entrevistas à imprensa, como fizeram quando apresentaram sua denúncia, na semana passada, em Curitiba (PR).
Ele acusou a imprensa, parte da PF e parte do MP de fazerem um "conluio" contra ele. "Você não precisa ser julgado. Só precisa ter três ou quatro manchetes de jornais para ser condenado pela opinião pública", declarou. Para o petista, não é possível condenar com base em fala de delatores, "um cara que quer livrar o seu".
O ex-presidente disse que esse conluio quer destruir o PT, não pelas coisas ruins que acham que o partido fez. "Querem destruir, quem criminalizar, porque o PT, em apenas 20 anos, fez o que eles não fizeram em cinco e sete anos". "Se eles têm medo do vermelho (cor da bandeira do PT), eu tenho orgulho do vermelho", disse. Lula afirmou que não é preciso se preocupar, pois ele "está tranquilo".
O ex-presidente disse ainda que o Brasil precisa retomar a normalidade política, jurídica e social. Na avaliação dele, caso o governo do presidente Michel Temer (PMDB) consiga aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece um teto para os gastos públicos por 20 anos, "até o Piso (Nacional) dos Professores vai acabar".
Ele ainda criticou a operação da PF desta quinta-feira que prendeu temporariamente seu ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega (PT), em um hospital de São Paulo, quando ele acompanhava a esposa. "Eles entraram na sala de cirurgia, para depois vir com a maior desfaçatez pedir desculpa. Eles sabiam que a mulher estava na sala de cirurgia", disse.
Em seu discurso, o ex-presidente disse ainda que é hora do povo "dar o troco" e "dar o golpe" nos candidatos cujos partidos votaram a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. "É dar um golpe neles e votar em João Paulo para prefeito", disse, acrescentando que "elite não cassou mandato de Dilma, mas rasgou título de eleitor do povo".
Em Recife, o principal adversário de João Paulo é ao atual prefeito Geraldo Júlio, do PSB, que tenta reeleição. O PSB apoiou majoritariamente o impeachment da ex-presidente Dilma tanto na Câmara quanto no Senado Federal.
Antes do comício, Lula fez uma caminhada pelas ruas do centro de Recife ao lado de João Paulo. Da caçamba de uma caminhonete, eles partiram da Câmara Municipal da capital pernambucana e seguiram até a Praça da Independência, mais conhecida como Praça do Diário, onde o ex-presidente da República discursou.
Ao som de jingles da campanha de João Paulo e até da campanha de Lula a presidente de 1989, cerca de 20 mil pessoas participaram do evento, segundo estimativa dos organizadores - a Polícia Militar não divulgou números oficiais. A maioria era militantes e simpatizantes do PT, mas também houve manifestações contrárias.
Na Avenida Conde da Boa Vista, moradores de um apartamento protestaram com uma bandeira do Brasil e um pixuleco (boneco inflável) de Lula vestido de presidiário. O Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, também presenciou manifestação de funcionários de uma loja de colchões, que fizeram sinais de desaprovação com o dedo polegar para baixo.
Antes de Lula, alguns parlamentares pernambucanos também discursaram. "(O presidente Michel) Temer não gosta de nordestino, Temer não gosta de pernambucano", afirmou o líder do PT no Senado, Humberto Costa. Ele disse ainda que a direita política brasileira "jamais" vai fazer algo pela Região Nordeste como, na avaliação dele, governos do PT fizeram.
Entre os candidatos a prefeito do PT nas capitais, João Paulo é o que possui mais chances de ser eleito. O petista está em segundo lugar nas pesquisas. De acordo com a última pesquisa Ibope realizada entre 9 a 13 de setembro, o petista tem 27% das intenções de votos em Recife, contra 38% do atual prefeito, Geraldo Júlio (PSB), que tenta reeleição.
Mesmo tendo sido tornado réu pela segunda vez em ações na Justiça nesta semana, o ex-presidente Lula faz um tour por cidades do Nordeste para apoiar candidatos do PT e de partidos aliados. Nessa quarta-feira, 21, ele esteve em cidades do Ceará. Antes de ir ao Recife nesta quinta-feira, 22, ele participou de campanha em Natal (RN).
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