“Por conta da reduzida definição política, a Rede tem se construído como uma legião de pessoas de boa vontade e nenhum rumo”, diz a carta assinada pelo antropólogo Luiz Eduardo Soares, a professora Miriam Krenzinger, o sociólogo Marcos Rolim, o ambientalista Liszt Vieira, o economista Tite Borges, Carla Rodrigues Duarte e Sonia Bernardes, que era porta-voz do partido no Rio Grande do Sul.
“A sociedade brasileira não sabe o que pensa a Rede, nem consegue situá-la no espectro político-ideológico. A auto-indulgente declaração de respeito às diferenças internas não basta para dar identidade a um partido e justificar sua existência”, diz o texto.
Ao criticar diretamente Marina e a direção do partido, o texto afirma que a ex-ministra concentra as decisões sem consultar os demais membros, e a diretoria apenas as acata. “Marina possui, como todos nós, limites relevantes e não lidera a Rede para que o partido assuma definições políticas consistentes, parecendo preferir navegar em meio a uma sucessão de ambiguidades. A maioria da direção nacional a acompanha nesta preferência, como em todas as demais”.
A carta cita como exemplo a mudança de posicionamento de Marina a respeito do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e a filiação dela no PSB. “Não é sustentável um partido cuja direção vota um tema chave para a história do Brasil, o impeachment, sob o argumento explícito de que 'não podemos deixar Marina sozinha', tendo ela anunciado, na véspera, sozinha e sem consultas, sua surpreendente posição favorável, depois de declarar-se contrária ao longo de meses”.
Mais aqui >Carta à Marina Silva
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