A presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cármen Lúcia, durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura
A presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Cármen
Lúcia, afirmou que a Loman (Lei de Magistratura Nacional) deve ser
alterada para estabelecer punições mais duras para juízes que cometam
irregularidades. É a Loman que determina as penas impostas aplicadas aos
magistrados em âmbito administrativo.
Durante entrevista veiculada ontem (17) pelo programa "Roda Viva", da TV Cultura, Carmen Lúcia declarou que a pena imposta à juíza Clarice Maria de Andrade era a máxima possível no caso específico. Ela foi afastada por dois anos, com direito a receber os salários, pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
"É o que a lei prevê. Pena só pode aplicada no Brasil quando há
previsão legal. Eu acho que é o caso da necessidade de se mudar a lei,
se a sociedade assim entender", declarou Carmen Lúcia. A ministra também
preside o CNJ.
A juíza paraense foi a responsável pela decisão
de manter por 26 dias uma adolescente de 15 anos presa em uma cela
masculina com cerca de 30 homens, na delegacia de polícia de Abaetetuba,
no interior do Pará, em 2007. Em uma primeira decisão do CNJ, ela foi
aposentada compulsoriamente -- a pena máxima no âmbito administrativo.
Depois, o STF revogou esta decisão e o CNJ teve que realizar um novo
julgamento.
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