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domingo, 30 de outubro de 2016

Traficante construiu motel em presídio e pretendia faturar R$ 120 mil por mês

Penitenciária Odenir Guimarães, onde traficante construía motel que estava em fase de acabamento quando obra foi descoberta
Um traficante preso em Goiás gastou cerca de R$ 200 mil na construção de 112 quitinetes na Penitenciária Odenir Guimarães (POG), no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, região metropolitana da capital do estado. As unidades foram construídas em menos de 20 dias, no final do ano passado, e estavam em fase final de acabamento quando foram descobertas.

As quitinetes seriam usadas para visitas íntimas de presos. O presidiário Thiago César de Souza, de 32 anos, esperava faturar cerca de R$ 120 mil por mês com o “aluguel” dos imóveis. Segundo os investigadores, Thiago desembolsou R$ 120 mil para a compra de material de construção e outros R$ 70 mil para o pagamento de propina ao então diretor da unidade, Marcos Vinícius Alves, afastado do cargo desde o final de 2015.

A Lei de Execuções Penais garante ao preso um local para encontros íntimos em dia determinado pela direção da unidade prisional. Pela legislação em vigor, é necessário que haja um desses locais para cada grupo de 100 presos. Essa exigência era cumprida no presídio de Aparecida de Goiânia. No ano passado, na ala onde foi construído o motel havia cerca de 400 presos. Na mesma unidade, de 12 a 20 quartos de alvenaria estavam disponíveis para as visitas íntimas.

A existência da construção ilegal no interior do presídio foi descoberta por equipes do serviço de inteligência da Superintendência de Administração Penitenciária (Seap) que denunciaram o caso ao comando do órgão. A Seap determinou, então, a destruição do motel.

O caso veio à tona quase um ano depois do ocorrido após a divulgação de trechos de uma investigação que resultou na Operação Livramento, da Polícia Civil de Goiás, que cumpriu 134 mandados – 35 prisões preventivas, 28 prisões temporárias, oito conduções coercitivas e 63 de busca e apreensão. As apurações apontaram a existência de uma organização criminosa formada por servidores públicos, advogados e detentos. Eles são acusados de operar um esquema fraudulento de saída de presos, com corrupção e falsificação de documentos, além de facilitar a ação do tráfico de drogas.

Um dos presos pela operação foi o ex-diretor da POG apontado como facilitador da construção das quitinetes. Marcos Vinícius, porém, já está em liberdade. 
 
Thiago César de Souza, mais conhecido como Thiago Topete, já foi investigado por suspeita de comandar o tráfico na região oeste de Goiânia e de travar uma disputa sanguinária com outro traficante que resultou na morte de 50 pessoas na capital e no interior de Goiás. Topete cumpre pena por tráfico e associação para o tráfico na Penitenciária Odenir Guimarães, em Aparecida.

A Lei de Execuções Penais garante ao preso um local para encontros íntimos em dia determinado pela direção da unidade prisional. Pela legislação em vigor, é necessário que haja um desses locais para cada grupo de 100 presos. Essa exigência era cumprida no presídio de Aparecida de Goiânia. No ano passado, na ala onde foi construído o motel havia cerca de 400 presos. Na mesma unidade, de 12 a 20 quartos de alvenaria estavam disponíveis para as visitas íntimas.

A existência da construção ilegal no interior do presídio foi descoberta por equipes do serviço de inteligência da Superintendência de Administração Penitenciária (Seap) que denunciaram o caso ao comando do órgão. A Seap determinou, então, a destruição do motel. 
(Fonte: Congresso em Foco)

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