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quarta-feira, 19 de outubro de 2016

‘Vamos aplicar a lei do ventre livre’, diz Cármen Lúcia

“Simplesmente aplicar a lei do ventre livre”. Assim, Cármen Lúcia define seu projeto xodó à frente da presidência do STF e do CNJ de que nenhuma mulher tenha filho dentro da prisão.
 
Anunciado com pompa e circunstância no início de seu mandato, a meta da ministra, de ter um centro de atendimento à detenta grávida em cada Estado, começa a se desenvolver.
 
O centro não será necessariamente construído. Poderá ser uma adaptação de um anexo ou alguma construção já existente na detenção. O diferencial será a assistência: médicos, parto humanizado, atendimento psicológico e garantia de amamentação. Os custos serão bancados pelo Fundo Penitenciário Nacional.
 
“Na verdade, o que vamos fazer é garantir o cumprimento da Constituição, que já prevê que, quem nasce, nasce livre”, afirmou a ministra.
 
No ano passado, uma detenta deu à luz dentro de uma solitária. O caso chocou a presidente do STF.
 
Ainda não há previsão de quantas mulheres poderão ser beneficiadas com a “segunda lei do ventre livre”, como a ministra chama o projeto, mas o primeiro Estado a implantá-lo na gestão de Cármen Lúcia será o Tocantins. “Ainda estamos levantando o número de presas grávidas em todos os Estados. Há uma grande dificuldade de conseguir esse número.
(No Estadão)

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