Editorial - O Liberal
Democracias representativas devem funcionar conforme é próprio de sua natureza: é necessário que ofereçam mecanismos capazes de garantir a participação de todos nos processos decisórios. E o mais importante, o mais relevante deles é a eleição - direta, transparente, participativa. No último domingo, logo após encerrada a apuração em 57 cidades brasileiras onde houve segundo turno na eleição para prefeito, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que o número de eleitores que não compareceram às urnas, somado aos votos brancos e nulos, foi de aproximadamente 10,7 milhões de pessoas. Repita-se: 10,7 milhões, um número maior, bem maior do que a população da segunda maior capital do País, o Rio de Janeiro (RJ), que tem cerca de 6,5 milhões de habitantes.
Isso é absolutamente assutador. É preocupante. Mas o que dizem lideranças políticas? Praticamente nada dizem. Quando tentam oferecer alguma explicação, fazem de conta que essa é uma questão menor, como se o processo democrático pudesse ser efetivo mesmo quando os eleitores mostram desinteresse. Foi exatamente o que aconteceu no último domingo.
Mais aqui >Deserção eleitoral
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