Ferreira foi preso na Operação Abismo, 31.º desdobramento da Lava Jato – neste caso, além do ex-tesoureiro, outros treze investigados são réus. O petista é acusado do recebimento de propinas nas obras do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobrás (Cenpes).
Durante o interrogatório, nesta quarta, 14, o juiz perguntou ao ex-tesoureiro. “O Partido dos Trabalhadores comumente tem feito declarações públicas de que eles não trabalham com recursos não contabilizados. Salvo engano, na minha compreensão, o sr. está afirmando algo diferente, que havia esses pagamentos, inclusive aqui na sua própria campanha. O sr. saberia explicar essa contradição?”
Paulo Ferreira respondeu. “É um problema da cultura política nacional, dr. Moro. Eu não estou aqui prá mentir prá ninguém. Estou aqui prá ajustar alguma dívida que eu tenha, minha disposição aqui é essa.”
Em seguida, declarou. “Negar informalidades nos processos eleitorais brasileiros de todos os partidos é, na minha opinião, negar o óbvio.”
Moro perguntou. “Inclusive no Partido dos Trabalhadores, na sua campanha?” “Exatamente”, admitiu Ferreira.
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