Depois de horas de sessão, deputados votaram por emendas que acabaram tirando o propósito original do projeto, que ficou meses em uma comissão, e ainda colocaram uma medida para punir juízes e membros do Ministério Público por abuso de poder.
"Eu tenho muita certeza que, no sistema democrático, nós precisamos trabalhar de forma harmônica com os outros Poderes, mas temos a independência para legislar. Essa independência ninguém vai subtrair de cada um de nós. Aqueles que queiram participar do processo legislativo, que é cativante e apaixonante, em 2018 nós teremos eleições. Podem participar e estar aqui conosco", afirmou Maia, em discurso no plenário, na noite desta quarta.
"O que não podemos aceitar é que a Câmara seja um cartório carimbador de parte da sociedade", completou.
Antes, em entrevista coletiva, o presidente da Câmara rejeitou que o pacote aprovado tenha sido uma retaliação aos investigadores e juízes envolvidos na Operação Lava Jato.
"Isso não existe. Porque o resultado não foi do jeito que gostariam, querem tirar a legitimidade? Quem legisla é o Poder Legislativo", declarou. Aos jornalistas, Maia não quis, no entanto, comentar especificamente a ameaça de renúncia feita pela Força Tarefa de Curitiba e minimizou a manifestação de Carmen Lúcia, dizendo que respeita as instituições e as opiniões diferentes.
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