O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), minimizou a denúncia
oferecida pelo Ministério Público na segunda-feira (12/12), contra ele e
afirmou que o órgão age com vingança contra o Senado. "O Ministério
Público, infelizmente, passou a fazer política. Quando você faz
política, você perde a condição de ser o fiscal da lei. Essas denúncias
são apressadas, feitas nas coxas, e demonstram o caráter de vingança do
Ministério Público, porque o Senado recusou três nomes que hoje compõem a
Força Tarefa", afirmou.
O peemedebista relembra o episódio em que o Senado rejeitou os
nomes de Nicolau Dino, Vladimir Aras e Sérgio Saraiva para cargos no
Conselhos do Ministério Público e Conselho Nacional de Justiça. No
entendimento de Renan, ações do MP, como buscas e apreensões e prisões
ligadas ao Congresso são uma forma de retaliação ao Senado.
"Colocar
três nomes rejeitados para comandar a força tarefa, é evidente que eles
vão tomar, todos os dias, medidas que não se sustentam contra o
Senado", afirmou. Ele disse ainda que o Senado não é fator de crise, mas
ponto de equilíbrio.
Denúncia
Especificamente sobre a denúncia
oferecida na segunda contra ele mesmo, Renan afirmou que será arquivada.
De acordo com o peemedebista, ele nunca cometeu qualquer crime ou
irregularidade
"A primeira já havia sido
arquivada por falta de provas. Essa denúncia deriva da primeira. Não há
sequer acusador, a empresa negou que tenha feito doação, o deputado
negou que tenha falado em meu nome. Essa denúncia terá o mesmo destino
das outras: será arquivada", disse.
Ele
minimizou as delações e afirmou que são vazadas seletivamente com o
intuito de permitir um pré-julgamento por parte da sociedade.
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