Editorial - Estadão
O que está por trás dos massacres nas prisões do Amazonas e de Roraima –
que chocaram o País e podem se repetir em outros Estados – é algo ainda
mais ameaçador do que se poderia imaginar, como mostra reportagem do
Estado publicada no domingo. Ele está expresso tanto nos altos níveis de
organização e planejamento dos grupos criminosos que controlam de fato
as penitenciárias como na luta que os maiores deles travam pelo
predomínio no sistema e, fora dele, pelo controle do tráfico de drogas.
Em outras palavras, os presídios, que deveriam ser território sob a
guarda e cuidados exclusivos do Estado – até porque é para lá que são
mandados aqueles que atentam contra a segurança dos cidadãos –,
tornaram-se feudos dos bandidos. As autoridades carcerárias, que lá
deveriam manter a ordem e a disciplina, são hoje subordinadas,
voluntariamente ou não, àqueles que fazem o favor de se intitular
presos. São os bandidos que mandam e as autoridades, querendo ou não,
que obedecem.
Mais aqui >Por trás dos massacres
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