"(...)
Uma desilusão amorosa exige muito dos que a sofrem e, nas horas
amargas, nenhum consolo alivia, palavra alguma conforta, nada consegue
remover da retina e da lembrança a imagem que se tornou ainda mais
idolatrada. Não se pode ligar e desligar o coração como quem acende ou
apaga lâmpadas manipulando botões. O tempo, e só ele, em geral, terá
poderes para cicatrizar feridas que sangram.
O
amor é um intruso sem-vergonha que chega sem ser convidado e depois nem
a pontapés se consegue pô-lo fora de casa no instante desejado. Quase
nunca o afeto profundo, avassalador, é uma opção consciente, fria,
deliberada, pois, como disse o poeta: ´o amor nasce de quase nada e
morre de quase tudo`."
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