Por Nana Soares - Estadão
Somente na última semana 3 famosos deram o que falar com relação a
(des)igualdade de gênero: Juliana Paes, em entrevista à Veja, criticou o
que chamou de “excessos do feminismo”; Zé Mayer foi denunciado por
assédio sexual em coluna da Folha de S. Paulo e enviou carta aberta
admitindo o ocorrido; e o cantor Victor foi indiciado pela Polícia Civil
de Minas Gerais por agressão após um vídeo revelar a violência contra
sua mulher Poliana. Em comum nos três casos o descaso pela luta
feminista e a certeza de que não podemos parar.
Tanto Victor quanto Zé Mayer gozaram de seu privilégio social quando denunciados pelas vítimas: homens, brancos, heterossexuais, classe alta. O topo da pirâmide. O descaso, a dúvida e a ofensa caíram todos sobre as mulheres: “Mas será que é verdade mesmo? Muito estranho esse caso aí…” e por aí vai. Embora seja verdade que casos com celebridades sempre nos choquem e que o princípio constitucional seja de inocência até que se prove ao contrário, isso não basta para explicar a proteção a Zé Mayer e a Victor.
O assédio sexual e a violência contra a mulher são crimes historicamente silenciados no Brasil. Os perpetradores das violências são tão blindados quanto as vítimas são desacreditadas.
Tanto Victor quanto Zé Mayer gozaram de seu privilégio social quando denunciados pelas vítimas: homens, brancos, heterossexuais, classe alta. O topo da pirâmide. O descaso, a dúvida e a ofensa caíram todos sobre as mulheres: “Mas será que é verdade mesmo? Muito estranho esse caso aí…” e por aí vai. Embora seja verdade que casos com celebridades sempre nos choquem e que o princípio constitucional seja de inocência até que se prove ao contrário, isso não basta para explicar a proteção a Zé Mayer e a Victor.
O assédio sexual e a violência contra a mulher são crimes historicamente silenciados no Brasil. Os perpetradores das violências são tão blindados quanto as vítimas são desacreditadas.
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