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domingo, 2 de abril de 2017

De Bangu para o Leblon: a prova de que o crime compensa para alguns

Cabral e Adriana
Jornal do Brasil
A ex-primeira-dama do Rio de Janeiro, Adriana Anselmo, acusada de fazer parte da grande organização criminosa de Sergio Cabral foi presa no dia 6 de dezembro de 2016, por meio de investigação da operação Calicute. A operação investiga o esquema que seria chefiado pelo então governador que desviou mais de R$ 400 milhões de reais, segundo o Ministério Público Federal.

Em menos de 4 meses de prisão, Adriana Ancelmo deixou o endereço de Bangu para voltar a morar no Leblon, bairro nobre do Rio de Janeiro, um dos mais caros metros quadrados da cidade - em frente ao mar. A única punição para os crimes que ela é acusada é de ficar sem acesso ao telefone e internet. Lamentável, não? A prova que o crime compensa, claro para quem é rico e tem poder.

Na contramão da decisão que concede o privilégio da prisão domiciliar à Adriana, concedida por ela ter dois filhos menores de idade, são muitas as histórias de mães pobres que estão presas e com os filhos abandonados. São muitas as crianças que são amamentadas e criadas dentro de cárceres, e o que isso pode influenciar na vida de uma criança que não cometeu crime nenhum?
Mães com seus filhos nos presídios
Uma pesquisa da Fiocruz (2015) apresentou violações dos direitos humanos contra mães e gestantes presas em cadeias no Brasil. Segundo o estudo, na maioria dos casos, as gravidas só são transferidas para unidades prisionais específicas no terceiro trimestre da gestação. E muitas vezes, são levadas para o parto algemadas. O mais desumano: elas são obrigadas a amamentarem e criarem seus filhos dentro da unidade prisional e após um período as crianças são entregues aos seus familiares, são tiradas das mães.

E isto acontece com milhares de mulheres, com exceção da mulher de Cabral. Por que será que os juízes não concedem tal benefício as outras mulheres, se estes mesmos juízes juraram cumprir as leis e constituição?
Leia também>mordomias de Sérgio Cabral na prisão

Um comentário:

  1. Devemos ficar atentos para um detalhe crucial: A policia federal já constatou que o apartamento aonde vai residir a "presidiária" com os filhos está despido de todos os meios de comunicação com o mundo exterior.
    Em quinze dias os organismos que lutam pelos direitos da criança vão entrar com uma reclamação junto ao judiciário para que os filhos das "encarcerada" não sejam mantidos na "idade da pedra", como soe ser a situação daqueles que hoje se veem privados da internet
    Será que a justiça vai reconhecer isso e mandar "devolver" à origem a parafernalia eletrônica que foi retirada do apartamento e proibir a "encarcerada" de se aproximar dos aparelhos ?
    Quem viver ...

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