A UM ATEU (autor: Emir Bemerguy)
“Para quem crê, as provas da existência de Deus são desnecessárias. Para quem não crê, são inúteis”
Quem crê num Deus Eterno e Onipotente,
Não precisa de provas e argumentos,
Pois O descobre a todos os momentos
Dentro de si, nas coisas, na sofrida gente,
E até no rosto das pessoas fúteis.
A quem não crê, porém, no Criador,
De sua existência as provas são inúteis.
Não perderei meu tempo, então, amigo,
A discutir religião contigo.
Não, não! Tuas razões confusas não receio,
Pois quanto mais blasfemas, tanto mais eu creio!
Dirijo a ti, este pedido:
Se tu não crês, respeites minha Fé!
Não vomites o fel que tens contido
No coração, nos gestos e no olhar até.
Não escarres teu ódio
Sobre a esperança que sustém minh´alma!
Se eu te falei de Deus, foi pura e simplesmente
Porque esqueci de Cristo a frase contundente:
“Não dês aos cães as coisas sacrossantas,
Nem aos porcos atires pérolas divinas,
Pois eles poderão voltar-se enfurecidos,
E espedaçar-te, filho, em meio aos seus grunhidos!”
Então, amigo, deixa-me em paz com Jesus!
Se preferes ficar a espojar-te na lama,
Não impeças que eu viva banhado de Luz!
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