Em uma Presidência marcada por recuos e um certo medo de comprar brigas, Michel Temer assiste calado há semanas a uma escalada retórica e intimidatória do ex-presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL).
Como tudo que faz, Renan não prima nessa ofensiva de agora pela sutileza. Sob uma pretensa preocupação com o teor das reformas, pratica à luz do dia chantagem contra o presidente da República em busca de mais espaço no governo, diante das evidências de que enfrentará, juntamente com o filho governador, dificuldades nas eleições de 2018.
O jogo de Renan é primário e fácil de entender. Mais: não tem o mínimo respaldo na sociedade e tem alcance limitado mesmo no Senado, onde o ex-todo-poderoso agora divide poder e espaço com outros peemedebistas como Eunício Oliveira e Romero Jucá — outra explicação para sua súbita preocupação com os rumos da reforma.
O que é difícil de decifrar é o acanhamento de Temer diante de um “aliado” que desafia sua autoridade e lhe coloca a faca no pescoço dia sim, outro também.
Para um presidente extremamente impopular, marcar a diferença e estar em campo oposto ao de Renan Calheiros é uma rara chance de fazer algum ponto com a sociedade.
Além disso, não demorará até que Renan enfrente agruras semelhantes a outro ex-bicho-papão tido como raposa política: Eduardo Cunha. As investigações contra ele na Lava Jato são múltiplas e ganharão reforço quando for conhecido o teor da lista do Janot.
É verdade que também Temer e seus ministros próximos sofrerão desgaste na Lava Jato, mas só isso não justifica a submissão a Renan, ou o receito de explicitar para a opinião pública o que está por trás da fúria retórica do peemedebista.
A tibieza na resposta a ataques diários ajuda a piorar a imagem de Temer, ao passar ao público a impressão de que o presidente tem algo a Temer caso o correligionário resolva mesmo cumprir sua bravata oposicionista.
Renan é conhecido por acossar aliados quando é contrariado. Foi assim com Collor, com Dilma — quando chegou a devolver uma medida provisória — e não seria diferente com Temer.
Outro padrão que não muda é uma espécie de temor reverencial dos presidentes a um político que só conserva a aura de sobrevivente porque, para sobreviver, conta paradoxalmente com o beneplácito daqueles a quem intimida.
Uma prática que os últimos acontecimentos já deveriam ter banido da vida política brasileira.
Como tudo que faz, Renan não prima nessa ofensiva de agora pela sutileza. Sob uma pretensa preocupação com o teor das reformas, pratica à luz do dia chantagem contra o presidente da República em busca de mais espaço no governo, diante das evidências de que enfrentará, juntamente com o filho governador, dificuldades nas eleições de 2018.
O jogo de Renan é primário e fácil de entender. Mais: não tem o mínimo respaldo na sociedade e tem alcance limitado mesmo no Senado, onde o ex-todo-poderoso agora divide poder e espaço com outros peemedebistas como Eunício Oliveira e Romero Jucá — outra explicação para sua súbita preocupação com os rumos da reforma.
O que é difícil de decifrar é o acanhamento de Temer diante de um “aliado” que desafia sua autoridade e lhe coloca a faca no pescoço dia sim, outro também.
Para um presidente extremamente impopular, marcar a diferença e estar em campo oposto ao de Renan Calheiros é uma rara chance de fazer algum ponto com a sociedade.
Além disso, não demorará até que Renan enfrente agruras semelhantes a outro ex-bicho-papão tido como raposa política: Eduardo Cunha. As investigações contra ele na Lava Jato são múltiplas e ganharão reforço quando for conhecido o teor da lista do Janot.
É verdade que também Temer e seus ministros próximos sofrerão desgaste na Lava Jato, mas só isso não justifica a submissão a Renan, ou o receito de explicitar para a opinião pública o que está por trás da fúria retórica do peemedebista.
A tibieza na resposta a ataques diários ajuda a piorar a imagem de Temer, ao passar ao público a impressão de que o presidente tem algo a Temer caso o correligionário resolva mesmo cumprir sua bravata oposicionista.
Renan é conhecido por acossar aliados quando é contrariado. Foi assim com Collor, com Dilma — quando chegou a devolver uma medida provisória — e não seria diferente com Temer.
Outro padrão que não muda é uma espécie de temor reverencial dos presidentes a um político que só conserva a aura de sobrevivente porque, para sobreviver, conta paradoxalmente com o beneplácito daqueles a quem intimida.
Uma prática que os últimos acontecimentos já deveriam ter banido da vida política brasileira.
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