Bons tempos aqueles... Havia escolas públicas com ensino de excelente qualidade e com vagas suficientes para crianças e adultos. Não era distribuída merenda escolar, mas os índices de freqüência de alunos e professores às salas de aulas eram satisfatórios. Um pedaço de pão com ovo, com manteiga ou goiabada que o estudante sempre levava no bolso da farda, era suficiente para dominar a fome na hora do recreio.
Os pais tomavam conhecimento das faltas à sala de aula e do desempenho escolar de seus filhos através dos boletins que eram expedidos ao final de cada mês e devolvidos devidamente assinados.
O uso da farda era obrigatório, e os estudantes vestiam, com orgulho, o modesto fardamento confeccionado em tecido de cor caqui, com a inscrição EP (Escola Pública) no bolso da camisa.
E, os livros ? Eram permanentes, contendo, num só volume, várias matérias - português, matemática, história, geografia e conhecimentos gerais - destinados às diversas séries do curso primário, o que permitia, por exemplo, se em uma família estivessem dois irmãos estudando em uma mesma escola, aquele que concluísse o 2º ano primário, os seus livros passavam a ser usados pelo irmão que havia passado do 1º para o segundo ano. Com essa metodologia, os pais se livravam das grandes despesas anuais com a compra de novos livros. Infelizmente, isso mudou para pior, e agora os livros são descartáveis e caríssimos.
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