Em meio a intensa neblina, manifestantes ocuparam quase uma quadra, fechando as duas pistas da Avenida Atlântica. Muitos ficaram na areia. Artistas, políticos e militantes defenderam a mudança da constituição para permitir eleições presidenciais antes de 2018. A constituição determina que se Michel Temer sair ou for destituído, o congresso tem 30 dias para escolher o substituto por meio de eleição indireta.
Os organizadores não chegaram a um consenso sobre o número de participantes, mas, até a noite, a estimativa de público dos organizadores variou entre 15 mil e 50 mil pessoas. No Rio, a PM não divulga cálculos sobre a quantidade de pessoas que reúnem os protestos.
Artistas também participavam do ato, como Daniel de Oliveira, Sophie Charlotte e Renato Góes.
Às 13h, começou a tocar o Cordão do Bola Preta, tradicional bloco de carnaval do Rio. Algumas versões eram parodiadas, incluindo na letra "Fora Temer" ou "Diretas Já".
"A gente pensou esse ato durante a última manifestação na Cinelândia. Aquela repressão, aquele cenário, fez com que a gente pensasse num ato diferente, que dialogasse com a população. E o 'Diretas Já' é um 'Fora Temer'. A gente espera que isso ecoe pro resto do país", afirmou Ana.
Vários artistas contrários ao presidente tinham shows previstos durante o ato, como Mano Brown, Cordão da Bola Preta, Otto, Maria Gadu, Martn'ália, Pretinho da Serrinha, Teresa Cristina, Digitaldubs e Bnegão, e Pedro Luis. Por volta das 17h, Caetano estava no palco. Ele levantou o público com músicas como "Podres poderes". Ele foi sucedido por Milton Nascimento. Pouco antes, Criolo já tinha se apresentado.
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