Editorial - Folha de SP
Deposta da Presidência sob acusações de fraudes na gestão do Orçamento, a
petista Dilma Rousseff tinha à sua disposição o expediente retórico de
apontar que, ao contrário de boa parte de seus algozes no Congresso, não
era suspeita de envolvimento com o esquema investigado pela Lava Jato.
Tal recurso de defesa política foi demolido, no entanto, com os depoimentos do marqueteiro João Santana e de sua mulher, a empresária Mônica Moura —em especial, com o espantoso relato desta sobre mensagens eletrônicas que recebia da ex-presidente.
"O seu grande amigo está muito doente. Os médicos consideram que o risco é máximo. E o pior é que a esposa, que sempre tratou dele, agora também está doente, com o mesmo risco. Os médicos acompanham dia e noite."
Essas as palavras com que Dilma, então no Planalto, teria transmitido informação de que o casal estava prestes a ser preso.
Por ora, trata-se tão somente de delação premiada. O que se tem são indicações para uma apuração mais aprofundada, a partir da qual se verificará judicialmente a oportunidade de uma denúncia criminal propriamente dita.
São gravíssimas, no entanto, as implicações do relato da empresária —cujo marido estava, notoriamente, entre os conselheiros de maior confiança da petista.
Tal recurso de defesa política foi demolido, no entanto, com os depoimentos do marqueteiro João Santana e de sua mulher, a empresária Mônica Moura —em especial, com o espantoso relato desta sobre mensagens eletrônicas que recebia da ex-presidente.
"O seu grande amigo está muito doente. Os médicos consideram que o risco é máximo. E o pior é que a esposa, que sempre tratou dele, agora também está doente, com o mesmo risco. Os médicos acompanham dia e noite."
Essas as palavras com que Dilma, então no Planalto, teria transmitido informação de que o casal estava prestes a ser preso.
Por ora, trata-se tão somente de delação premiada. O que se tem são indicações para uma apuração mais aprofundada, a partir da qual se verificará judicialmente a oportunidade de uma denúncia criminal propriamente dita.
São gravíssimas, no entanto, as implicações do relato da empresária —cujo marido estava, notoriamente, entre os conselheiros de maior confiança da petista.
Continua aqui >Sombra sobre Dilma
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