O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou pela primeira vez no âmbito da Operação Lava Jato o senador afastado Aécio Neves (PSDB) pelos crimes de corrupção passiva e obstrução de Justiça. A PGR acusa formalmente o tucano de pedir e receber 2 milhões de reais de propina do dono da JBS, Joesley Batista, que fechou acordo de delação premiada com a procuradoria.
Além de Aécio, também foram denunciados a sua irmã, Andrea Neves; o seu primo Frederico Pacheco; e o advogado Mendherson Souza Lima, ex-assessor do senador Zezé Perrela (PMDB-MG) — os três estão presos desde a deflagração da Operação Patmos na semana retrasada.
Segundo a denúncia, Andrea Neves foi a primeira a pedir a “vantagem indevida” em 18 de fevereiro de 2017. Ela disse que o dinheiro serviria para renumerar os advogados do parlamentar. Depois, o próprio Aécio ratificou a solicitação em encontro com Joesley num hotel em São Paulo, em 24 de março. A conversa entre os dois foi gravada pelo empresário, que entregou o áudio à PGR para conseguir em troca o perdão penal pelos crimes confessados. No diálogo, os dois acertam como seriam feitos os pagamentos. “Você consegue me ajudar nisso?”, perguntou o senador, num dado momento.
Os 2 milhões acabaram sendo entregues em quatro parcelas de 500.000 reais nos dias 5, 12, 19 de abril e 3 de maio ao primo Frederico, que havia sido indicado pelo senador — Mendherson participou de três pagamentos. Ele teria levado parte da cifra em um táxi para Belo Horizonte. Por meio das chamadas “ações controladas”, a Polícia Federal filmou os dois recebendo o dinheiro das mãos do diretor de Relações Institucionais da JBS e também delator, Ricardo Saud. Em diálogo gravado, Fred chega a desabafar a Saud que está preocupado com a possibilidade de ser descoberto. “Olha onde que eu tô me metendo”, diz.
A acusação será analisada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello e julgada pela Primeira Turma da Corte, constituída pelos ministros Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux. Esta é a primeira denúncia oferecida contra Aécio, que é alvo de outros sete inquéritos no STF, cinco em razão da megadelação da Odebrecht e outros dois sobre irregularidades na usina de Furnas e na CPI dos Correios.
Além de Aécio, também foram denunciados a sua irmã, Andrea Neves; o seu primo Frederico Pacheco; e o advogado Mendherson Souza Lima, ex-assessor do senador Zezé Perrela (PMDB-MG) — os três estão presos desde a deflagração da Operação Patmos na semana retrasada.
Segundo a denúncia, Andrea Neves foi a primeira a pedir a “vantagem indevida” em 18 de fevereiro de 2017. Ela disse que o dinheiro serviria para renumerar os advogados do parlamentar. Depois, o próprio Aécio ratificou a solicitação em encontro com Joesley num hotel em São Paulo, em 24 de março. A conversa entre os dois foi gravada pelo empresário, que entregou o áudio à PGR para conseguir em troca o perdão penal pelos crimes confessados. No diálogo, os dois acertam como seriam feitos os pagamentos. “Você consegue me ajudar nisso?”, perguntou o senador, num dado momento.
Os 2 milhões acabaram sendo entregues em quatro parcelas de 500.000 reais nos dias 5, 12, 19 de abril e 3 de maio ao primo Frederico, que havia sido indicado pelo senador — Mendherson participou de três pagamentos. Ele teria levado parte da cifra em um táxi para Belo Horizonte. Por meio das chamadas “ações controladas”, a Polícia Federal filmou os dois recebendo o dinheiro das mãos do diretor de Relações Institucionais da JBS e também delator, Ricardo Saud. Em diálogo gravado, Fred chega a desabafar a Saud que está preocupado com a possibilidade de ser descoberto. “Olha onde que eu tô me metendo”, diz.
A acusação será analisada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello e julgada pela Primeira Turma da Corte, constituída pelos ministros Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux. Esta é a primeira denúncia oferecida contra Aécio, que é alvo de outros sete inquéritos no STF, cinco em razão da megadelação da Odebrecht e outros dois sobre irregularidades na usina de Furnas e na CPI dos Correios.
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