De Anônimo, sobre a postagem A verdade sobre a CASF
"Uma CPI da Câmara dos Deputados identificou os motivos dos déficits crescentes dos fundos de previdência das estatais:
- Má gestão,
- Investimentos arriscados e sem retorno,
- Reflexo do aparelhamento das entidades com indicações políticas,
- Corrupção,
- Agravamento da crise econômica.
Interessante o comentário acerca da situação da Previ: “ No caso da Previ, COM 52% DOS ATIVOS APLICADOS EM RENDA VARIÁVEL, a conjuntura econômica é uma das principais razões para o déficit. O fundo tem aplicações na Vale e na Petrobras, que perderam valor de mercado, diante da queda nas commodities; tem participações em outras empresas, como a Invepar, que passa por dificuldades financeiras”.
E o déficit da CASF ? Onde poderemos enquadrá-lo ? Quem pode nos dizer ? Ou somos nós os culpados pelo déficit, em face da nossa falência orgânica ?"
- Má gestão,
- Investimentos arriscados e sem retorno,
- Reflexo do aparelhamento das entidades com indicações políticas,
- Corrupção,
- Agravamento da crise econômica.
Interessante o comentário acerca da situação da Previ: “ No caso da Previ, COM 52% DOS ATIVOS APLICADOS EM RENDA VARIÁVEL, a conjuntura econômica é uma das principais razões para o déficit. O fundo tem aplicações na Vale e na Petrobras, que perderam valor de mercado, diante da queda nas commodities; tem participações em outras empresas, como a Invepar, que passa por dificuldades financeiras”.
E o déficit da CASF ? Onde poderemos enquadrá-lo ? Quem pode nos dizer ? Ou somos nós os culpados pelo déficit, em face da nossa falência orgânica ?"
A pergunta também é válida para a CAPAF.
ResponderExcluirA questão dos Fundos de Pensão é diferente dos Planos de Saúde, de qualquer estatal.
ResponderExcluirA SITUAÇÃO DA CASF PODE SER ENQUADRADA COMO "Agravamento da crise econômica", POIS O PROBLEMA FOI DECORRENTE DO AUMENTO EXPRESSIVO DOS CUSTOS ASSISTENCIAS. OS CUSTOS ADMINISTRATIVOS MANTIVERAM-SE NOS PATAMARES TRADICIONAIS, COMO SE PODE VERIFICAR NA PUBLICAÇÃO DOS NUMEROS PUBLICADAS NO SITE DA EMPRESA.
ResponderExcluirEM RESUMO O PROBLEMA NA CASF NÃO SÃO AS DESPESAS, É A FALTA DE RECEITAS PARA COBRIR SEUS CUSTOS E INFELIZMENTE NISSO NÃO PODEMOS CONTAR COM O BANCO DA AMAZONIA, COMO NUMA SITUAÇÃO DESSAS OS PATROCINADORES SOCORREM SUAS CAIXAS DE ASSISTENCIA, AÍ ESTÁ BB, CAIXA, BNB E OUTRAS EMPRESAS DE ECONOMIA MISTA.
Exatamente.
ResponderExcluirTrouxe a questão dos Fundos de Pensão apenas como "mostruário" daquilo que poderá ser estudado em relação ao nosso Plano de Saúde.
Aliás, isso é exatamente o que está contido na pergunta final.
Muito bem colocado pelo Anônimo das 18:43, que trouxe a questão dos Fundos de Pensão apenas como “mostruário” daquilo que poderá ser estudado em relação ao nosso Plano de Saúde.
ExcluirFundo de Previdência e Planos de Saúde são coisas inteiramente distintas. Por conta disto,a Emenda Constitucional nº20/1998 separou uma coisa da outra: os Fundos de Pensão deixaram de incluir planos de saúde que passaram a ser administrados por operadoras, regulamentadas e fiscalizadas pela Agência Nacional de Saúde - ANS, ao contrário dos Fundos de Pensão que continuaram sendo regulamentados e fiscalizados pela SPC, depois PREVIC, dois órgãos de governo vinculados, um ao Ministério da Saúde e o outro ao Ministério da Previdência Social.
De tudo o que dissemos nas postagens já lançadas sobre a crise de sustentabilidade das operadoras de autogestão em saúde e nas exposições já levadas a encontros com os nossos beneficiários em Belém (2 vezes no auditório do Banco e no fórum de planejamento da AEBA deste ano), Manaus, Itacoatiara, Manacapuru e, ontem, em Santarém e até em reunião ordinária do Conselho de Administração do Banco da Amazônias – o que aqui ratificamos, pode se resumir no que sugere a pergunta do Anônimo a que se refere o Poster de O Mocorongo, ou seja, a nossa possível falência orgânica, iniciada determinantemente quando, em 96, o Banco da Amazônia, mesmo tendo sido o criador e mantenedor parcial da CASF, resolveu retirar-lhe o patrocínio, inicialmente apoiado em uma simples recomendação do TCU para que TODAS AS ESTATAIS, no país, se retirassem da condição e patrocinadoras dos planos de saúde dos seus empregados, recomendação essa afinal "descumprida" por todas as estatais no país, mas, imediatamente acatada pala então Presidente do Banco, albergada na contemplativa e absolta passividade da própria diretoria da CASF, como também das nossas entidades corporativas, AEBA e AABA, tudo na “santa paz do Senhor”. Os efeitos dessa falência orgânica ganharam contornos críticos ao início de 2016, diante do monstruoso crescimento das despesas com internações hospitalares decorrência não apenas da grande massa de pacientes idosos (com mais de 60 anos), mas, principalmente, diante de insidiosas política de preços adotadas por muitas das grandes unidades de prestação de serviços hospitalares, por vezes ultrapassando as raias da boa prática comercial, sobretudo no que tange a encargos com honorários médicos, quando, estimulados pelas campanhas de valorização desses honorários, promovidas pelos sindicatos e entidades congêneres, tal item vem registrando majorações que se situam entre dez e doze vezes os valores contratados entre o hospital e a operadora de planos de saúde. Em suma, o cirurgião passou a se declarar desvinculado das obrigações contratadas entre o hospital e a operadora de planos de saúde. E diga-se, a bem da verdade: esse é um movimento que ainda não se generalizou na categoria como um todo, mas, avança em escalada crescente, sugerindo que, em futuro não muito distante, será o padrão no mercado da prestação de serviços médico-cirúrgicos na área da saúde suplementar brasileira.
Enfim, o sentimento das operadoras de autogestões em saúde, reunidas no último seminário da UNIDAS, nos dias 10 e 11/04/17 em Brasília, indica que se não houver uma ação de governo capaz de coibir limites abusivos na precificação ora praticada pela rede de prestação de serviços de assistência à saúde, raras serão as chances de sobrevivência dessas operadoras, mesmo aquelas que contam com o patrocínio dos seus mantenedores, estatais ou não. Consequentemente, anos à frente o êxodo de vidas do sistema de saúde suplementar para o SUS, galopará bem acima do que se deu em 2016, quanto o fluxo de evasão da espécie atingiu mais de dois milhões de brasileiros.
ResponderExcluirA situação vivida pela CASF, que culmina, agora, com o descredenciamento de um dos mais importantes hospitais da nossa cidade, representa, em nosso entender, o “day after” da situação que poderá ser vivida por um dos mais conceituados planos de saúde do tipo auto gestão: A CASSI (712 mil participantes, sendo 292 mil no Plano Família e 420 mil no Plano de Associados).
No ano passado a CONTEC (CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES EM ESTABELECIMENTO DE CRÉDITO) defendeu a celeridade do aporte de recursos por parte do Banco do Brasil à CASSI, “porque, infelizmente, a CASSI não tem fôlego financeiro para continuar esperando “ a disponibilidade de maiores recursos.
Alegou a CONTEC que um maior retardamento no ingresso de novos recursos (oriundos do Banco do Brasil) iria “comprometer o pagamento dos prestadores de serviços, o que representaria um prejuízo imensurável não apenas para a CASSI, mas também para seus associados, diante do elevado risco de descredenciamento de muitos dos prestadores de serviços”.
Segundo se entende da afirmativa da CONTEC, de que “os últimos recursos obtidos pela CASSI junto ao Banco foram tomados a juros de mercado”, é flagrantemente difícil a situação financeira da CASSI, apesar do seu gigantismo.
É muito interessante o que diz Isa Musa, presidente da FAABB (Associação dos Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil no Distrito Federal): “Por mais que entendamos urgente aperfeiçoar a gestão da CASSI é forçoso reconhecer que não há milagre que dê conta da equação perversa residente no setor saúde, com problemas estruturais e conjunturais, por exemplo:
- inflação médica;
- judicialização que cria despesa assistencial não prevista nos contratos e legislação;
- rede hospitalar atuando com cheque em branco ao internar pacientes dos planos conveniados;
- contribuição pessoal e patronal atrelada a reajustes de proventos e benefícios de pensão ou aposentadoria que nem de longe acompanham a inflação oficial e a médica (que é maior do que a oficial).
E ela vai além, quando afirma: “Pode-se somar a tudo isso as fraudes absurdas no fornecimento de materiais e medicamentos e a forma de organização praticamente em monopólio em que estão organizados os setores de exames e diagnósticos no país e a falta de ética de alguns segmentos ou profissionais na área da saúde”.
Completa o seu rol de diagnósticos por afirmar que “o mais importante nessa discussão da (in)sustentabilidade no setor de saúde” reside na “mudança cultural e estrutural do modelo de atenção à saúde atual, focado na doença e na cura caríssima dela e não na prevenção e cuidado das pessoas, coletivamente, ao longo da vida”.
Aí está um quadro exato dos males que determinam o descompasso entre o mundo que compõe as unidades assistências da saúde e o mundo que integra os planos de saúde.
Quem for especialista, que nos dê uma forma de ultrapassar essas dificuldades, antes que tenhamos de caminhar na direção do SUS.
O nosso caríssimo Madson, ao se pronunciar sobre o imbróglio que levou a CASF a ser expulsa pelo Hospital Belém, argumentou que os debates realizados no seminário da UNIDAS realizado nos dias 10 e 11/04/17 em Brasília, levaram à conclusão de que “se não houver uma ação de governo capaz de coibir limites abusivos na precificação ora praticada pela rede de prestação de serviços de assistência à saúde, raras serão as chances de sobrevivência dessas operadoras, mesmo aquelas que contam com o patrocínio dos seus mantenedores, estatais ou não”.
ResponderExcluirNão sei se essa foi a conclusão oficial do mencionado seminário ou é a opinião individual do colega Madson.
Mas, é interessante mencionar que nesse mesmo seminário esteve representada a Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde) que, segundo ela própria, é “entidade sem fins lucrativos que percebeu a necessidade de organizar e propagar o sistema privado de prestação de serviços médicos, com eficiência e qualidade”, sendo o principal objetivo dela “representar institucionalmente às empresas privadas de assistência à saúde do segmento de Medicina de Grupo, junto aos órgãos federais, estaduais e municipais, em atuação no território nacional”.
Pois essa mesma Abramge, em setembro último, salvo erro, entrou com ação na Justiça dos Estados Unidos contra oito empresas americanas que têm filiais no Brasil, envolvidas na chamada máfia das órteses e próteses, tendo para isso a sua diretoria viajado para aquele país, para iniciar a abertura dos processos.
Pelo esquema fraudulento, médicos e hospitais recebiam comissões dos fabricantes de dispositivos médicos para usar produtos de determinada marca nas cirurgias feitas em seus pacientes. Em alguns casos, doentes foram operados sem necessidade.
Na ação, foi pedida indenização pelos custos indevidos provocados pela máfia e proposto um acordo para que as matrizes dessas empresas adotem regras mais rígidas para coibir tais práticas entre suas subsidiárias. Como cada empresa tem sede em um Estado americano diferente, serão oito ações. Em cada uma delas, a Abramge pedirá uma indenização de US$ 5 milhões a US$ 10 milhões.
E é interessante referir que, buscadas as provas, foi verificado que todas as matrizes “sabiam que suas subsidiárias estavam tendo um aumento de receita porque faziam essas práticas”. Pena que não se saiba o nome das empresas processadas ... nem tenha sido veiculado como será a distribuição das indenizações correspondentes, pelos planos prejudicados.
Será que essa iniciativa da Abramge não poderia virar um hábito ?
SE O NOBRE ANONIMO NÃO GOSTA DO CARÍSSIMO MADSON, TUDO BEM, MAS O HOSPITAL BELEM NÃO EXPULSOU A CASF, NEM SUSPENDEU AOS ATENDIMENTOS. INFELIZMENTE O PAPEL ACEITA TUDO QUE A CABEÇA DO DONO DA CANETA QUER DIZER.
ExcluirSE O NOBRE ANONIMO NÃO GOSTA DO CARÍSSIMO MADSON, TUDO BEM, MAS O HOSPITAL BELEM NÃO EXPULSOU A CASF, NEM SUSPENDEU AOS ATENDIMENTOS. INFELIZMENTE O PAPEL ACEITA TUDO QUE A CABEÇA DO DONO DA CANETA QUER DIZER.
ExcluirEstava lendo as notícias sobre os acontecimentos acontecidos durante o Seminario 8 da UNIDAS, realizado em Brasilia nos dias 10 e 11 de abril último.
ResponderExcluirPra quem não sabe, A UNIDAS - União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde – apregoa ser uma entidade associativa sem fins lucrativos, que tem por missão:
- fortalecer o segmento da autogestão no território nacional;
- fomentar a excelência na gestão de saúde; e
- democratizar o acesso a uma melhor qualidade de vida, por parte dos seus beneficiários (5 milhões de vidas).
Realmente, só para se ter uma idéia daquilo que, em nosso entender, a UNIDAS, -- fazendo prevalecer o seu rol de “missões”--, poderá fazer para tirar do buraco as casfs da vida, dos 160 planos de saúde de auto gestão existentes no Brasil, ela congrega 120 ou, grosso modo, 70% dos planos.
Mas, o que vimos no decorrer do tal seminário, foram as queixas daqueles que constituem o universo dos planos congregados pela UNIDAS, exatamente aquela a quem cabe fortalecer o segmento da auto gestão e a democratização do acesso de seus associados a uma melhor qualidade de vida.
- Uma reclamação: “Não dá falar sobre sustentabilidade das autogestões sem mudar o modelo de atendimento assistencial”. “Temos um modelo de assistência à saúde do século XX, atendendo demandas do século XXI".
- Uma reivindicação: “A mudança no modelo assistencial e remuneratório pode gerar uma redução de 45% dos custos médico-hospitalares. Tendo cuidados com atenção primária, há recursos sim para a saúde”.
- Outra reivindicação: “Observando o que mais pesa nos custos: hospitais, serviços médicos, medicamentos prescritos, clínicas/laboratórios e maternidade. A desospitalização tem sido essencial para a redução do índice de sinistralidade".
- Uma constatação: . “Nos últimos 10 anos, as receitas cresceram 80% e as despesas 200%. Nesse período, o reajuste do custo médico-hospitalar também ficou muito acima da inflação, variando entre 16% e 205%”.
- Uma previsão: "É impossível o sistema de saúde suplementar sobreviver no ritmo que está hoje".
Diante de tudo isso, pegunto eu, fazendo uso da minha ignorância: Afinal, qual é o papel da UNIDAS ? Por que não faz prevalecer o peso dos 70% de planos de auto gestão que congrega, para corrigir aquilo que os seus próprios congregados estão identificando ?
Ou os chamados seminários constituiriam apenas uma festa ?
Caro colega das 09.01 hs
ResponderExcluirNada mais fiz do que "traduzir" a expressão usada pelo colega Madson ao nos comunicar as dificuldades ocorridas com o Hospital Belém: "o Hospital Belém oficiou-nos na forma da lei, o destrato do convênio que vinhamos mantendo há décadas".
Talvez o colega tenha entendido que houve apenas uma "ofensa" contra a CASF. Mas não: Ela foi defenestrada realmente.
Gente !
ResponderExcluirA CASF é pequena demais para assumir o “topete” de penetrar nessa zona sombria que permeia o “trabalho” de algumas das unidades de saúde; de alguns dos fornecedores de materiais e de alguns dos profissionais do ramo (profissionais não sei de que).
O nosso colega Madson foi claro ao dizer, por exemplo, que “o cirurgião passou a se declarar desvinculado das obrigações contratadas entre o hospital e a operadora de planos de saúde. E diga-se, a bem da verdade: esse é um movimento que ainda não se generalizou na categoria como um todo, mas, avança em escalada crescente, sugerindo que, em futuro não muito distante, será o padrão no mercado da prestação de serviços médico-cirúrgicos na área da saúde suplementar brasileira”.
A Associação Brasileira de Planos de Saúde já admitiu: Médicos e hospitais recebem comissões dos fabricantes de dispositivos médicos para usar produtos de determinada marca nas cirurgias feitas em seus pacientes. Em alguns casos, doentes foram operados sem necessidade..
E a Presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil no DF, por sua vez, admitiu que “é forçoso reconhecer que não há milagre que dê conta da equação perversa residente no setor saúde, com problemas estruturais e conjunturais”, nos quais se pode alinhar, segundo ela, a “inflação médica”; a “judicialização que cria despesa assistencial não prevista nos contratos e legislação”; a “rede hospitalar atuando com cheque em branco ao internar pacientes dos planos conveniados”; e a “contribuição pessoal e patronal atrelada a reajustes de proventos e benefícios de pensão ou aposentadoria que nem de longe acompanham a inflação oficial e a médica (que é maior do que a oficial)”.
Quem vai meter o dedo nessa combuca ? A CASFinha ?
Claro que não. Quem tem de fazer isso são as entidades de âmbito nacional que dizem, por exemplo, perceber a “necessidade de organizar e propagar o sistema privado de prestação de serviços médicos, com eficiência e qualidade”; ou cuja missão é “fortalecer o segmento da autogestão no território nacional”, ou “fomentar a excelência na gestão de saúde”, ou ainda, aquelas entidades que admitem ter a tarefa de “democratizar o acesso a uma melhor qualidade de vida, por parte dos seus beneficiários, que se contam aos milhões”.
Para que servem os conclaves, os seminários, e por aí afora, patrocinados por essas entidades ? Não passariam de inócuos convescotes ?
Pode-se dizer o que seja mas a realidade é assustadoramente implacável: "É impossível o sistema de saúde suplementar sobreviver no ritmo que está hoje".
Com a palavra quem tiver coragem, conhecimento e vontade de acertar.
Segundo notícia da coluna de um conhecido jornalista, publicada na edição de 11.06.17, do Diário do Pará, uma operadora "aumentou as suas mensalidades em apenas 6,5%", embora a ANS tenha autorizado um aumento de 13,55%. Diz mais ele "Não há mistério nessa conta. A ANS autoriza os reajustes com base na inflação de custos hospitalares, que não sofrem quaisquer tipos de auditoria. Operadoras que trabalham honestamente com redes fechadas de médicos e hospitais, controlam seus custos ...." Neste caso, segundo o colunista "a mão do mercado corrigiu a festa dos planos de saúde", numa alusão ao formulador da teoria econômica Adam Shmith. Um ótimo tópico para uma boa discussão.
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ResponderExcluirSe havia mistério sobre as razões da situação pre falimentar dos planos de saúde de auto gestão, esse mistério foi desvendado na frase:
“A ANS AUTORIZA OS REAJUSTES COM BASE NA INFLAÇÃO DE CUSTOS HOSPITALARES, QUE NÃO SOFREM QUAISQUER TIPOS DE AUDITORIA”
A ser verdadeira essa afirmativa, não será o caso de a discussão sobre as dificuldades dos planos assistenciais de saúde chamados de auto gestão, que acolhem mais de 5.000.000 de seres humanos, começar pelo “imprensamento” da entidade “reguladora” contra a parede ?.
Estamos, literalmente, num beco sem saída, mantido o status atual.
A própria Associação Brasileira de Planos de Saúde reconhece: "É impossível o sistema de saúde suplementar sobreviver no ritmo que está hoje".
Se nos lermos as opiniões até aqui expendidas por aqueles que “vivem” o sistema atual, vamos concluir que o grande problema é a internação hospitalar. Nenhum outro “acidente” nessa estrada percorrida pelos caminhos que acolhem a circulação das unidades de saúde e dos planos de saúde parece ser mais grave do que aquele enfrentado por estes últimos, ao dependerem totalmente daquilo que podem fornecer as primeiras.
O nosso caro Presidente da CASF, por exemplo, diz que “diante do monstruoso crescimento das despesas com internações hospitalares” onde se contam:
-- as “insidiosas políticas de preços adotadas por muitas das grandes unidades de prestação de serviços hospitalares, por vezes ultrapassando as raias da boa prática comercial” e
-- os honorários médicos, que registram “majorações que se situam entre dez e doze vezes os valores contratados entre o hospital e a operadora de planos de saúde”, simplesmente porque os cirurgiões passaram a se ver como figuras estranhas às “obrigações contratadas entre o hospital e a operadora de planos de saúde”.
É exatamente essa a opinião expendida pela Presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil no Distrito Federal. Ela reconhece que “não há milagre que dê conta da equação perversa residente no setor saúde”, enumerando, por exemplo, a “inflação médica” e os procedimentos da rede hospitalar “atuando com cheque em branco ao internar pacientes dos planos conveniados”, nesse “cheque em branco” se contando “as fraudes absurdas no fornecimento de materiais e medicamentos” e “e a falta de ética de alguns segmentos ou profissionais na área da saúde”.
Vamos chamar às falas a ANS enquanto se examina, em profundidade a verticalização, incluindo "hospitais , laboratórios e serviços que prestam atendimento de áreas e alto custo, como quimioterapia" e por aí afora.
O cerco está se fechando, hoje 24.06.17, procurei atendimento no Hospital Porto Dias e recebi a seguinte resposta: "Não atendemos a CASF."
ResponderExcluirEntrei em contato com o Madison e ainda hoje será publicado neste blog, uma nota da Casf, sobre este assunto.
ResponderExcluirCaro colega das 9.10 hs.
ResponderExcluirSeria interessante fosse o colega procurar o Hospital Adventista de Belém. Quem sabe, eles o atenderiam ?
Daqui há um período impossível de determinar, receio que poderei aconselhá-lo a procurar a Beneficente Portuguesa ... ou o Nipo Brasileiro da Amazônia ... ou o raio que o parta.
Se perlustrarmos os textos deste blog, no título “Capaf-Casf-Basa-Aeba-Aaba”, vemos que há já algum tempo o assunto “CASF” vem sendo objeto de preocupação, materializada num número apreciável de opiniões. Mas, a não ser através de um único pronunciamento do seu ínclito Presidente, que nele enumerou todas as mazelas que afligem esse sistema falido de assistência médica, nada partiu dos cérebros que dirigem o úniverso casfiano para tentar encontrar uma solução para o problema.
Gente, a situação é séria. Se continuarmos a “brincar” com essa inexorabilidade, vamos chegar rapidamente ao ponto de ter de procurar o SUS para curarmos uma gripe ... e sermos atendidos talvez na terceira ou quarta manifestação virótica.
Faço um apelo dramático aos gênios responsáveis pela direção da nossa querida CASF: Paremos de nos queixar da existência dos problemas; vamos cuidar de resolver os problemas, com as armas de que dispomos.
O certo seria nos juntarmos (nós, os 160 planos de previdência privada de auto gestão) para, com o nosso indisfarçável “peso”, pressionarmos principalmente as fontes de corrupção que estão identificadas. Mas, por circunstâncias que para mim constituem um mistério impenetrável, nada parece nos conscientizar de que só é que somos os “artistas”; o resto, constitui os “bandidos”.
Vamos dar uma de John Wayne. Pelo amor de Deus.
As notícias de hoje (04.07.17) dão conta que os médicos e suas associações, bem como os prestadores de serviços hospitalares estão se movimentando para enfrentar os Planos de Saúde que os estão remunerando abaixo de suas necessidades. Imagino a situação futura, considerando quer a nossa CASF, como outros Planos semelhantes, vem se queixando que eles estão metendo (aliás, sempre meteram) a mão e o pé no nosso dinheirinho. Quem está com a razão?
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