Editorial - Estadão
Além
de ignorar a Constituição, a defesa da realização de eleições diretas à
Presidência da República a menos de dois anos do final do mandato não
leva em conta as óbvias dificuldades de organização de um pleito dessa
magnitude em tão pouco tempo, e isso tudo para eleger um presidente que
ficaria, na melhor das hipóteses, cerca de um ano no cargo. O descomunal
esforço institucional e econômico necessário para satisfazer esse
desejo alegadamente democrático seria, na prática, inútil, porque logo
em seguida seria necessário deflagrar nova campanha eleitoral para
escolher o sucessor desse presidente eleito apenas para terminar o
mandato.
A não ser que se pretenda emendar a Constituição de tal maneira que se abrevie o mandato nascido das urnas em 2014 e se dê ao eleito um novo termo – há que fale em mandato de cinco anos –, a mobilização em torno de tão disparatada iniciativa seria, em resumo, apenas irresponsável.
A não ser que se pretenda emendar a Constituição de tal maneira que se abrevie o mandato nascido das urnas em 2014 e se dê ao eleito um novo termo – há que fale em mandato de cinco anos –, a mobilização em torno de tão disparatada iniciativa seria, em resumo, apenas irresponsável.
Mais aqui >O absurdo das ‘diretas já’
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