Em entrevista a VEJA, a advogada paranaense Rosangela Maria Wolff de Quadros Moro conta como a Operação Lava-Jato impactou sua vida, sua família e seu marido famoso, o juiz Sergio Moro, com quem está casada há dezoito anos. “O que mudou na nossa rotina foi o assédio e o interesse das pessoas”, diz. Leia trechos:
Quando a Lava-Jato entrou na vida da senhora? Nunca. A
força-tarefa não chegou em casa. Quando o Sergio leva trabalho para
casa, ele se tranca no escritório. Na vida dele é claro que a operação
acarretou um volume alto de trabalho. Mas o que mudou na nossa rotina
foi o assédio e o interesse das pessoas.
O assédio a Moro lhe desperta ciúme? Sou
ciumenta, sim. Mas, se acontecer algo, serei a primeira a saber — e por
ele, que me conta tudo. O Sergio é um homem muito certinho, prega bons
exemplos, trabalha sempre com a verdade. Uma vez, estávamos em um
restaurante e ele recebeu um bilhete com o telefone de uma mulher: “Me
liga”, estava escrito. Ele me mostrou e demos risada. Não tenho controle
sobre o assédio e os sonhos que as mulheres venham eventualmente a ter
com ele. Isso não me preocupa. O que me preocupa é a postura dele em
relação a isso. E posso garantir que nunca fui desrespeitada.
Sergio Moro dispõe de tempo para a família?
Como temos duas crianças, assim que ele chega em casa, elas passam a
ser o centro das atenções. Não ficamos falando da força-tarefa. A gente
se senta e assiste a um filme. No fim de semana, vimos Fragmentado,
um filme em que o protagonista tem várias personalidades. O máximo que o
Sergio faz é trancar-se no escritório que tem em casa e ficar lá
trabalhando. Mas nada do que ele faz ali resvala na sala, para as
crianças.
Em alguns relacionamentos, sempre há um que manda e o outro que obedece. Isso acontece na sua casa? Lá em casa, sou eu que mando. As rédeas estão comigo.
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