O delegado responsável pelas investigações do naufrágio de um barco em Porto de Moz, no Pará, calcula que foram 48 e não 70 o número de pessoas atingidas pelo acidente ocorrido nesta terça (22) no rio Xingu.
O governo do Pará havia divulgado oficialmente que haviam cerca de 70 pessoas, entre passageiros e tripulantes, na embarcação. Mas uma nova atualização do Corpo de Bombeiros sobre o caso no final da manhã desta quinta-feira (24), com o total de pessoas afetadas pelo acidente, se aproxima do número levantado por Élcio de Deus, delegado de Porto de Moz.
Segundo os bombeiros, 49 pessoas estavam na embarcação. Até o momento, 21 pessoas morreram, 23 se salvaram e cinco ainda continuam desaparecidas. Mais 11 corpos –de cinco mulheres e quatro homens –foram localizados na manhã desta quinta boiando no rio Xingu a cerca de quatro quilômetros do local onde o navio afundou. Os corpos seguirão para o ginásio municipal de Porto de Moz, onde passarão por pericia e serão identificados pelos familiares.
Élcio de Deus disse à Folha que cruzou dados dos bilhetes de viagem emitidos, do número de jantares servidos aos passageiros e de informações prestadas pela tripulação para retificar o total de vítimas.
"Esse número maior de pessoas resultou de uma primeira impressão dos sobreviventes, mas fizemos esse cálculo com base em vários dados porque a embarcação não contava com lista de passageiros", informou o delegado.
Uma primeira leva de corpos resgatados, dez ao todo —entre eles, de uma criança e um bebê —já foram identificados e periciados, segundo o delegado. Sete eram de Porto de Moz, duas de Altamira e uma de Santarém.
A prioridade agora da polícia será a de investigar as causas do naufrágio. Élcio de Deus disse que os depoimentos prestados pelos sobreviventes ligam a ocorrência de uma tempestade como a maior causa do naufrágio. "Eles disseram que um vendaval muito forte teria atingido a popa [parte traseira da embarcação] e virado o barco."
O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), que faz a medição oficial das condições climáticas do país, detectou uma concentração de nuvens do tipo cúmulo-nimbo, conhecidas por formar tempestades, na região de Porto de Moz, na noite de terça, quando o acidente foi registrado.
Mas o delegado afirmou que vai apurar as condições de navegabilidade da embarcação e sua capacidade de transporte. O barco foi içado do rio Xingu e será colocado sobre um banco de areia nesta quinta para facilitar o trabalho dos peritos.
Também serão ouvidos mais passageiros e parte da tripulação que sobreviveu ao naufrágio – apenas o comandante do navio morreu. Um dos depoimentos mais esperados é do proprietário da embarcação, que estava a bordo do navio e também se salvou. O empresário, que não teve a identidade revelada, foi resgatado e levado para o Hospital Municipal de Porto de Moz. Ele vive em Santarém, mas permanecerá em Porto de Moz para ser ouvido pela polícia e acompanhar as operações de busca às vítimas.
O delegado também adiantou à Folha que vai incluir no inquérito policial a informação levantada pelo governo do Pará de que a embarcação fazia transporte clandestino de passageiros.
A Arcon (Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Pará), que faz a gestão dos sistemas de transportes do Estado, informou que notificou a empresa Almeida e Ribeiro Navegação LTDA, a proprietária do barco, numa operação realizada no dia 5 de junho, mas nenhum representante da empresa compareceu à agência para regularizar a situação. A Folha não conseguiu localizar nenhum representante da empresa até esta publicação.
"Ainda não podemos falar quais crimes vão pesar contra a empresa que fazia o transporte de passageiros. Tudo ainda é muito recente", afirmou Élcio de Deus.
O governo do Pará havia divulgado oficialmente que haviam cerca de 70 pessoas, entre passageiros e tripulantes, na embarcação. Mas uma nova atualização do Corpo de Bombeiros sobre o caso no final da manhã desta quinta-feira (24), com o total de pessoas afetadas pelo acidente, se aproxima do número levantado por Élcio de Deus, delegado de Porto de Moz.
Segundo os bombeiros, 49 pessoas estavam na embarcação. Até o momento, 21 pessoas morreram, 23 se salvaram e cinco ainda continuam desaparecidas. Mais 11 corpos –de cinco mulheres e quatro homens –foram localizados na manhã desta quinta boiando no rio Xingu a cerca de quatro quilômetros do local onde o navio afundou. Os corpos seguirão para o ginásio municipal de Porto de Moz, onde passarão por pericia e serão identificados pelos familiares.
Élcio de Deus disse à Folha que cruzou dados dos bilhetes de viagem emitidos, do número de jantares servidos aos passageiros e de informações prestadas pela tripulação para retificar o total de vítimas.
"Esse número maior de pessoas resultou de uma primeira impressão dos sobreviventes, mas fizemos esse cálculo com base em vários dados porque a embarcação não contava com lista de passageiros", informou o delegado.
Uma primeira leva de corpos resgatados, dez ao todo —entre eles, de uma criança e um bebê —já foram identificados e periciados, segundo o delegado. Sete eram de Porto de Moz, duas de Altamira e uma de Santarém.
A prioridade agora da polícia será a de investigar as causas do naufrágio. Élcio de Deus disse que os depoimentos prestados pelos sobreviventes ligam a ocorrência de uma tempestade como a maior causa do naufrágio. "Eles disseram que um vendaval muito forte teria atingido a popa [parte traseira da embarcação] e virado o barco."
O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), que faz a medição oficial das condições climáticas do país, detectou uma concentração de nuvens do tipo cúmulo-nimbo, conhecidas por formar tempestades, na região de Porto de Moz, na noite de terça, quando o acidente foi registrado.
Mas o delegado afirmou que vai apurar as condições de navegabilidade da embarcação e sua capacidade de transporte. O barco foi içado do rio Xingu e será colocado sobre um banco de areia nesta quinta para facilitar o trabalho dos peritos.
Também serão ouvidos mais passageiros e parte da tripulação que sobreviveu ao naufrágio – apenas o comandante do navio morreu. Um dos depoimentos mais esperados é do proprietário da embarcação, que estava a bordo do navio e também se salvou. O empresário, que não teve a identidade revelada, foi resgatado e levado para o Hospital Municipal de Porto de Moz. Ele vive em Santarém, mas permanecerá em Porto de Moz para ser ouvido pela polícia e acompanhar as operações de busca às vítimas.
O delegado também adiantou à Folha que vai incluir no inquérito policial a informação levantada pelo governo do Pará de que a embarcação fazia transporte clandestino de passageiros.
A Arcon (Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Pará), que faz a gestão dos sistemas de transportes do Estado, informou que notificou a empresa Almeida e Ribeiro Navegação LTDA, a proprietária do barco, numa operação realizada no dia 5 de junho, mas nenhum representante da empresa compareceu à agência para regularizar a situação. A Folha não conseguiu localizar nenhum representante da empresa até esta publicação.
"Ainda não podemos falar quais crimes vão pesar contra a empresa que fazia o transporte de passageiros. Tudo ainda é muito recente", afirmou Élcio de Deus.
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