O leitor Herculano Teixeira, morador do bairro da Pedreira/Belém, conta o seguinte:
"O torcedor era azulino fanático. Na hora de sua morte, ele surpreende a família dizendo que quer ser enterrado com a bandeira do Paysandu, cobrindo-lhe o caixão. Ninguém entende! Só pode ser delírio, diz um de seus filhos. Mas o homem insiste. E o filho responde: Como pode! O senhor sempre detestou o Paysandu, pai. - O homem explica, então, que quer dar uma grande alegria à amada torcida do seu Clube do Remo. Os familiares perguntam: como, assim? Já agonizando, voz mortiça, ele diz: quando vocês passarem pelas ruas, carregando o meu caixão coberto com a bandeira do tal Papão, o torcedor remista, feliz da vida, certamente dirá pros seus amigos: "Olha lá! Pai dégua! É mais um deles, um secador nojento, que se vai."
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