Por Marcelo Rubens Paiva - Estadão
Neymar era o terceiro ou quarto do Barcelona.
Time de estrelas que já atingiram o ápice.
Na Liga Espanha, estava longe de ser o número 1.
Na última votação da FIFA, nem foi ao pódio: Cristiano (Real), Messi
(Braça) e Griezmann (Atlético de Madrid) foram os três eleitos.
Ofereceram a Neymar um emprego melhor: ser protagonista num time milionário, com estrelas.
Ao lado de um dos seus melhores amigos, Dani Alves.
Com três amigos próximos, brasileiros, colegas da Seleção.
Poderá ser protagonista num país hoje potência no futebol.
De times medianos, mas campeão mundial e vice.
Ganhando muito, mas muito mais.
Pode aquecer a Liga Francesa, como Pelé fez nos EUA, Zico no Japão, Felipão na China.
Mas torcedores, que, quando oferecem um emprego melhor que o
anterior, num ambiente melhor e ganhando mais, não pensam duas vezes e
mudam, o chamam de mercenário.
Estranha paixão.
Irracional, como toda ela.
Jogador de futebol, quando oferecem um emprego melhor que o anterior,
num ambiente melhor e ganhando mais, se aceita e muda, é sempre chamado
de mercenário.
Ora, deixem o Neymar em paz.
Vai ser gauche na vida, moleque.
E aproveite Paris.
A França. O vinho, os queijos, a comida.
Vá a museus, castelos, aprenda uma nova língua.
PS> Só não esquece de pedir ao pai para, dessa vez, declarar tudo direitinho e fazer um negócio transparente.
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