Até aqui de mágoa A revelação de que delatores da JBS tentaram manipular o Judiciário mergulhou o Supremo em um clima de perplexidade e irritação. Informada sobre o conteúdo chulo das citações ao seu nome, a presidente da corte, Cármen Lúcia, pediu para ouvir os áudios e avisou que haveria reação enérgica. Outros integrantes do STF classificaram o caso como um “absurdo”. Relator da Lava Jato, Edson Fachin foi criticado. Pregou a “luz do sol” como o único remédio para a crise, embora amargo.
Lei do retorno A Procuradoria e o STF esperam reação
raivosa do Congresso — e ela virá. A ideia é aproveitar a CPI que será
usada para investigar a JBS para expor Rodrigo Janot e Marcello Miller.
Lei do retorno 2 A primeira medida será pedir a
quebra dos sigilos de Miller. Há quem pregue que a mesma medida seja
adotada em relação ao escritório Trench Rossi e Watanabe, que contratou o
ex-procurador logo após ele deixar a PGR.
Antídoto A banca de advocacia já está conduzindo investigação interna.
Em série A CPI não será a única frente de tiroteio
na PGR. Parlamentares articulam reativar o debate na Câmara sobre o
projeto do abuso de autoridade que já foi aprovado pelo Senado.
Menos Aliados do procurador-geral expressaram
solidariedade a ele nos grupos de debate do MPF. Pessoas próximas dizem
agora que Miller não era braço direito de Janot.
Vai ter luta A homologação da delação de Lúcio Funaro em meio à polêmica da JBS foi vista no governo como uma espécie de “contra-ataque” de Janot e Fachin.
Vai ter luta A homologação da delação de Lúcio Funaro em meio à polêmica da JBS foi vista no governo como uma espécie de “contra-ataque” de Janot e Fachin.
Chumbo trocado Se o procurador-geral de fato
apresentar nova denúncia, os advogados do presidente Michel Temer vão
solicitar a anulação da delação dos Batista.
Lembrete Até aliados de Temer admitem que a euforia
com a reviravolta no caso da JBS foi contida pela foto dos mais de R$ 40
milhões atribuídos ao ex-ministro Geddel Vieira Lima.
Ricochete Embora a ação já estivesse no cronograma
da PGR, o PT dirá que a denúncia da cúpula do partido por organização
criminosa foi um gesto político, para contraditar a versão de que Janot
persegue Michel Temer.
(No Painel da Folha de SP)
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