Em uma longa nota, o PMDB rebateu as acusações feitas pelo PT no programa partidário que foi ao ar na TV ontem à noite.
Além de bater na tecla de que Lula sofre “perseguição política” (“querem te tirar o direito de escolher um presidente”, disse Gleisi Hoffmann, para quem só é lícito votar no Grande Líder), o programa petista atacou as políticas do governo de Michel Temer, acusando-as de aumentar o desemprego. Também aludiu a “malas de dinheiro” e às gravações da JBS.
Além de bater na tecla de que Lula sofre “perseguição política” (“querem te tirar o direito de escolher um presidente”, disse Gleisi Hoffmann, para quem só é lícito votar no Grande Líder), o programa petista atacou as políticas do governo de Michel Temer, acusando-as de aumentar o desemprego. Também aludiu a “malas de dinheiro” e às gravações da JBS.
Leia abaixo a íntegra da nota, em que o PMDB defende os programas de Temer e acusa o PT de mentir em sua propaganda:
“Se a ‘guarda pretoriana’ do sr. Janot cultivasse o cuidado de
investigar para reconstruir a verdade dos fatos, teria descoberto que o
apoio do PMDB ao 2º mandato do presidente Lula foi sustentado em
compromissos de políticas públicas expressas em sete pontos. Nenhum
cargo, nenhum benefício, nenhuma vantagem esteve condicionando esta
decisão.
O conteúdo desse projeto tratava das garantias de direitos sociais
para os mais carentes, da ampliação dos acessos ao emprego e da renda
para milhões de brasileiros e apoio aos fundamentos macroeconômicos que
permitiam manter a inflação, os juros e o equilíbrio das contas públicas
com rigoroso controle.
Os resultados positivos foram sentidos pela sociedade brasileira,
sobretudo para os jovens, as mulheres e os negros que conquistaram
grandes melhorias em suas vidas.
As crises que abalavam o mundo não criaram perdas internas em nossa
economia. No entanto, no auge do período do PT, sob o comando de Dilma
Rousseff, a política econômica foi profundamente modificada.
Velhas teses foram recuperadas nos porões da história, e é imposta
aos brasileiros não só a perda das conquistas recentes mas também o
drama das consequências sociais, da carestia, do desemprego, dos juros
altos, do desequilíbrio fiscal, da queda de qualidade dos serviços de
saúde, educação e segurança.
Sobre este desastre o PT se calou, e suas lideranças apoiaram
integralmente todas as políticas do governo Dilma no Congresso e fora
dele.
O PMDB, como de hábito, diante de fatos graves firmou com clareza em
documento sua posição contrária. O texto ‘Uma Ponte para o Futuro’
descreve a mais grave crise econômica de nossa história e apresenta as
políticas a serem adotadas para sair dela.
No passado, na aprovação do Plano Real, da Lei de Responsabilidade
Fiscal, da reforma da Previdência, da criação do Fies e de várias
políticas e leis que serviram ao crescimento do país, o partido apoiou,
aprovou e se manteve defendendo esses pressupostos.
Esta atitude permanece a mesma! Se o governo do PT ignorou a
gravidade da crise que denunciamos e nossas propostas, o PMDB, como
sempre, manteve-se firme em sua defesa por saber que este era o caminho
para evitar mais miséria e sofrimento ao povo brasileiro.
A clareza da posição partidária afasta mais uma vez de nossa atitude
qualquer proximidade com manobras políticas ou conspiração. Defendemos
nossa posição e, como sempre, ouvimos as ruas e de suas vozes
encontramos inspiração para mais uma vez ajudar a realizar os anseios de
mudança da Nação.
O presidente Temer assume o governo para tirar o Brasil da mais grave
crise econômica de nossa história, resguardar as conquistas sociais do
nosso povo e restabelecer o ambiente administrativo-financeiro que
permitisse ao governo cumprir suas obrigações essenciais.
O quadro era devastador: falta de confiança, desequilíbrio fiscal,
inflação acima de 10%, os juros estavam em dois dígitos e eram 13
milhões de desempregados.
O PMDB sabia o que fazer para colocar o país nos trilhos. Tinha
publicado com antecedência ‘Uma Ponte para o Futuro’ e a ‘Travessia
Social’.
E os resultados logo se fizeram sentir: a inflação é a mais baixa dos
últimos 20 anos, a taxa básica de juros caiu para um dígito, a produção
industrial e de veículos voltou a ter índices positivos. A safra de
grãos deu um salto recorde, 242 milhões de toneladas. O saldo da balança
comercial mais do que dobrou. E o Brasil voltou a empregar. Apenas em
setembro, mais de 100 mil brasileiros reconquistaram seu emprego.
Mas os nossos adversários, os adversários do país livre, democrático e
capaz de garantir a igualdade de oportunidades, não se conformaram com o
sucesso que a política econômica do governo Temer rapidamente alcançou.
Eles, aliados às corporações que só querem manter seus privilégios,
os míopes incuráveis dos desvios ideológicos e das práticas demagógicas,
unidos, iniciaram uma campanha implacável e cruel contra o presidente
Michel Temer e seu governo.
Sem um projeto para tirar o país da crise, pela qual são
responsáveis, se juntaram para uma campanha de ataque moral contra a
honra, a integridade e a honestidade do presidente da República. Queriam
derrubá-lo do governo e para tal não mediram os termos de seus ataques
de infâmia, calúnia e difamação. O presidente da República resistiu e
resistirá.
Nesta luta, o PMDB e seus militantes estarão mais firmes na defesa
desta política, deste governo, das esperanças de amplas camadas da
sociedade brasileira de viver seus direitos sociais, econômicos e de uma
vida digna e respeitada.
O Partido dos Trabalhadores mentiu em seu programa político. Fugiu do
peso de suas responsabilidades sobre a grave crise que ele provocou no
país, mascarou seus erros escondendo-se e, com eles, a principal
responsável: o governo do PT comandado por Dilma Rousseff.
O presidente Michel Temer está construindo um legado de otimismo, confiança e crescimento.
O PMDB sabe disto. O povo sabe disto.”
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