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sexta-feira, 10 de novembro de 2017

CASF: Está com os dias contados? De quem é a culpa?

Wirvanor Queiroz, casfeano, e Madison Paz de Souza, presidente da entidade (CASF-Caixa de Assistência aos Funcionários do BASA), mantiveram, ontem, o seguinte diálogo ao comentar uma postagem que fiz na minha página no Facebook:

-Wirvanor: "Madison, em lugar de defender o PT tu deverias estar cuidando da nossa Casf que, ao que parece, está com os dias contados. É assim, onde tem petista a vida é curta".

-Madison: "Com todo o respeito ao nobre amigo, gostaria de sugerir uma breve revisão na tua recomendação. Por um simples fato: Seja na direção da CASF, seja, na direção da UNICRÉVEA, seja nas atividades que desenvolvi durante 14 anos nos conselhos da CAPAF, sejas funções de direção e comando que exercí enquanto empregado do Banco da Amazônia, da SUDAM e até mesmo quando apenas desenvolvia as minhas atividades laborais de cunho burocrático no quadro de funcionários da SPEVEA, jamais deixei de exercê-las com dignidade e acima de tudo com a responsabilidade que cada atividade exigia e exige. Com a CASF não é diferente. Se a CASF está com os dias contados – como você afirma, posso garantir que não é porque tem um PTista à sua frente, mas, talvez porque ele não tem (e confesso, não tenho) a capacidade de suprir o bolso de cada um dos nossos beneficiários, dos recursos necessários para pagar o astronômico custo que os prestadores de serviços cobram para tratar da nossa saúde. Aliás, se não tenho essa capacidade, a juízo dos coxinhas e golpistas que grassam no seio da triste classe média de idólatras do capitalismo especulativo, certamente sou um PTista honesto, ou burro (me ajuda a definir).
Como o mais mediano dos racionais sabe, nenhum empregado de uma estatal que paga os menores salários do país (no setor bancário), tem capacidade para bancar o seu plano de saúde, muito menos o risco jurídico envolvido na sustentação dos planos da espécie. Assim é que os empregados de todas as estatais, no país, à exceção do Basa, não tem problema de sustentabilidade dos seus planos de saúde, porque o empregador banca essa sustentabilidade. Mesmo sabendo disso, a nossa categoria de bancreveanos assistiu mansa e pacificamente o Banco da Amazônia se retirar da condição de patrocinador que assumiu ao ingressar na Sociedade Civil que criou em 1982, sob a denominação de CASF. Nenhum ousou qualquer iniciativa correta para obstaculizar a irresponsável fuga do Basa quanto à responsabilidade assumida. Agora, agora, meu caro Wirvanor, a culpa pelo que vaticinas à CASF é do um “irresponsável” PTista que não se dá ao trabalho de cuidar da CASF. Ora, meu caro: CONTA OUTRA, ou, se preferir, me poupe de tanta asneiras." - Em tempo, Wirvanor:
Em tempo, Wirvanor: encerrei o meu expediente há pouco, às 18h, produzi até este momento, as postagens que te envio e, em mais 10 minutos, voltarei à serviço da CASF, para participar de reunião do CONDEL (sem hora para acabar). De fato, é fazer pouco caso de cuidar da CASF, não?!!!!!!!!".

Do bloguista Ercio: Apesar da divergência de opiniões, Wirvanor e Madison são amigos e querem, sim, o bem da CASF, que, com a competência e dedicação de seus dirigentes, haverá de superar todas as suas dificuldades e continuar prestando ótimos serviços de assistência médica e hospitalar aos seus associados, entre os quais me incluo.  

18 comentários:

  1. A hora não é de briga. A nossa CASF precisa é da união e a ajuda de todos para continuar viva.

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  2. O Madson é sim apaixonado pelos corruptos petistas. Diz-me com quem andas e te direi quem és.

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  3. Quero saber: a CASF vai ou não vai acabar?

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  4. É verdade que o Madison como presidente recebe salário de 25 mil reais e os diretores 15 mil cada um? Se for verdade, não vai demorar muito o enterro da referida entidade assistencial.

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    1. DOMINGOS LIMA DA SILVA - DIRETOR ADM/FINANCEIRO

      SE O ANÔNIMO FOI ASSOCIADO, VENHA COMIGO AQUI NA CASF QUE TE DOU CONHECIMENTO DO SALARIO DE TODOS AQUELES QUE A CASF PAGA. AI VOCÊ TIRA SUA DÚVIDA E FAZ O SEU CONCEITO SOBRE NOSSA ADMINISTRAÇÃO.

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    2. DOMINGOS LIMA DA SILVA - DIR. ADM/FINANCEIRO

      COMPLEMENTANDO MINHA INFORMAÇÃO ANTERIOR.
      QUANDO ESTA DIRETORIA ASSUMIU, PASSOU A RECEBER O MESMO VALOR RECEBIDO PELA DIRETORIA QUE SAIU, OU SEJA R$ 15.494,25 O PRESIDENTE E R$ 12.911,87 CADA DIRETOR, VALORES ESTES QUE PERSISTIU ATÉ AGOSTO/2015, EMBORA PUDESSE REAJUSTA-LO POR FORÇA DE REGULAMENTO EM SETEMBRO/2014.
      A PARTIR DE SETEMBRO/2015 ESSAS VERBAS FORAM MAJORADAS PARA R$ 18.654,42 O PRESIDENTE E R$ 15.545,35 CADA DIRETOR, VALOR ESTE SEM REAJUSTE ALGUM ATÉ A PRESENTE DATA.
      QUALQUER INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR, CONTACTE COM ESTE DIRETOR.

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  5. Calma gente, quando o Madison foi eleito, todos sabíamos que ele era e é incompetente e arrogante. Nova eleições estão chegando e eu serei candidato à sua sucessão. Conto com os votos dos casfeanos para salvarmos essa importante entidade. Abraços do J.Almeida, o incomparável.

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    1. Acorda Sales!
      Se não conseguistes salvar a CAPAF, com todo o aparato que o Macio Lima te deu, como vais salvar a CASF?????
      ACORDA CARA. Depois que pegastes um chute na traseira dos teus patrões que, sem dó nem piedade de deixaram há quase 10 anos numa ponta de carteira pelos corredores do Basa, ninguém mais acredita em ti, caro irmão !!!!!!

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    2. Alguém falou, em algum lugar no Mocorongo, que ele ainda poderia se recuperar no conceito da galera e, bobinho, ELE ACREDITOU. Pois, pois?

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    3. Todos insistem em dizer que o João Almeida é o Sales. Temos um colega aposentado que se chama João Garcia de Almeida. Se este João Almeida é realmente o Sales, sugiro que ele procure outro pseudônimo e não fique utilizando o nome de outra pessoa. Isto é crime.

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  6. Grato, Ercio, pela postagem e pela confiança que precisamos ter na recuperação da CASF, independentemente de pessoas ou das circunstâncias que estamos atravessando, desde quando em 2016, só as despesas com INTERNAÇÕES HOSPITALARES e EXAMES DIAGNÓSTICOS, subiram em torno de 72%.
    Quanto a “refrega” Madison x Wirvanor, você disse tudo: somos bons e respeitosos amigos e jamais tivemos ou teremos motivos para nos agredirmos. A postagem do Wirvanor, longe disto, tem apenas a marca registrada do “gozador” nato mais inteligente que já vi passar nos corredores do nosso querido Banco da Amazônia, e agora nos amplos corredores onde curtimos as nossas provectas idades, quiçá as nossas iminentes senilidades.
    No episódio em tela, confesso, me locupletei da brecha criada pela postagem do Wirvanor, apenas para enfatizar que, lamentavelmente, não podemos contar com a segurança, inclusive jurídica, que gozam os nossos confrades das demais estatais brasileiras, simplesmente porque fomos omissos na hora de reagir à retirada do Banco da Amazônia da condição de Sócio Patrocinador da CASF, isso em 1996. Agora, paciência: é tragicômico chorar o leite derramado ou caçar algum bode expiatório para justificar a incapacidade de uma parcela cada vez maior dos nossos beneficiários para pagar os exorbitantes custos da prestação dos serviços de assistência à saúde neste país, assim como para segurar a marcha do perfil etário da nossa massa assistida, onde já contamos com mais de 54% de pessoas com mais de 60 anos de idade e, nessa condição, passamos a ser insumo de primeira grandeza para interesse quase mercenário de um sem número do prestadores de serviços de assistência à saúde, nesta nossa querida Pátria Amada Brasil.

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  7. Segundo o nosso caro Madson, “se a CASF está com os dias contados” não é porque tem um PTista à sua frente, mas, talvez porque a Caixa não tem a capacidade de suprir o bolso de cada um dos beneficiários dos recursos necessários para pagar o astronômico custo que os prestadores de serviços cobram para tratar da nossa saúde”,
    Essa declaração so vem fortalecer o quanto vem sendo dito, há muito tempo, nas linhas deste blog, sobre o “astronômico” resultado das ações dos prestadores de serviços.
    Existe um blog denominado SEMENTE DA UNIÃO que condensa o reclamo de milhares que manifestam nos grupos sociais o anseio de ver a PREVI e a CASSI conduzidas para atender os legítimos interesses do seu Corpo Social com ética, transparência, competência e livre de influências estranhas à finalidade para a qual foi criada.
    Recentemente esse blog empreendeu várias enquetes “nos grupos de colegas-BB”, com o objetivo de apurar a opinião e/ou expectativas dos associados da CASSI e captar a opinião e entender a percepção deles sobre o difícil momento que o Plano de Associados está atravessando, bem como contribuir para a sustentabilidade dele, havendo o resultado destas enquetes sido encaminhado para a CASSI.
    E é interessante divulgar, mesmo “en passant”, o que é comentado nesse blog sobre a situação financeira da CASSI:
    “ ... é essencial que a CASSI divulgue o quanto antes aos associados o contrato formalizado com o BB para o repasse dos R$ 23 milhões mensais de sua responsabilidade, de acordo com o que foi acordado entre o BB, CASSI e Entidades”.
    “O Plano de Associados da CASSI vem apresentando déficits consecutivos, sendo que de 2012 a 2015 as perdas atingiram R$ 519 milhões, as reservas foram exauridas e o resultado de 2016 deverá apresentar mais um déficit expressivo”.
    “O Plano de Associados já está há cinco anos com resultados deficitários e já passou muito da hora de começar um processo sistemático de redução de despesas na Cassi, pois entendemos que não é necessário esperar tanto tempo por um relatório de consultoria para agir com determinação nessa direção”.
    “A CASSI conta com um quadro de pessoal com cerca de 2.500 colaboradores, sem contar eventuais terceirizados e assessorias especializadas, contingente incompatível com a desastrosa situação financeira que se reflete no Plano de Associados”.
    Diante do quadro que essas transcrições revelam, parece que caímos naquilo que vem sendo arguido seguidamente neste blog: Não é o ato de dar mais dinheiro para esse tipo de atividade que vai fazer com que se harmonizem os recursos existentes e as despesas exigidas.
    O problema todo está justamente na ação nefasta das entidades prestadoras de serviços e, assim, quanto mais dinheiro for carreado para as entidades dessa natureza, mais estará sendo “transferido” para unidades de saúde..

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  8. A situação está complicada e precisamos trabalhar com muita cautela para reagir e encontrar uma saída razoável dos nossos problemas. Se ficarmos nos injuriando uns aos outros vamos acabar não achando a solução desejada. Sabemos que outros Planos, com maiores contingentes de participantes também estão vivendo angústia semelhante, embora recebam melhores salários e contem com o patrocínio de suas empresas, como tivemos outrora. Acrescente-se a esses transtornos o estágio político/econômico porque passa o país e cheio de incertezas institucionais na esfera dos três poderes. As medidas anunciadas para o setor saúde dão até calafrios, pois numa delas, pretende-se restringir os benefícios, ou simplesmente vetar o funcionamento dos planos de autogestão com um universo mínimo de participantes e jogá-los todos para a iniciativa particular. Por outro lado, as despesas hospitalares e procedimentos médicos só tendem a crescer a exemplo do que está ocorrendo com o combustível e o gás de cozinha. Não existem critérios na fixação de preços (são só aqueles favoráveis a ganhos exorbitantes), nem fiscalização oficial para inibir o olho gordo sobre os nossos minguados recursos. Há urgência em reunirmos para colocar esses problemas com mais profundidade.

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  9. O anônimo das 8:26 faz colocações bastante pertinentes e ponderadas. Certamente não quer se identificar por uma questão de modéstia. Mas trata-se de uma pessoa que exerceu relevantes funções técnicas no Banco da Amazônia quando na ativa. Ele coloca a questão mais urgente: precisamos reunir um grupo de associados da Casf para elaborarmos um Plano de Emergência para a sobrevivência da Casf. Brigas de fundo partidário neste momento só irão complicar a situação, pois como bem dizia o velho Maquiavel (autor preferido dos "príncípes" potentados que não querem largar o poder ) a melhor forma de se manter no comando é dividir (os trabalhadores/colaboradores) para reinar sobre eles." Desconfio que o anônimo das 8:26 atendia outrora pelo pseudônimo de "Amintore Fanfani" nos debates sobre a implantação dos Planos Salgados da Capaf, que ele defendia com unhas e dentes a serviço do esquema patronal. Hoje está mais claro porque o governo federal queria que Banco da Amazônia se livrasse de suas responsabilidade sobre sua "cria" Capaf, como Patrocinador. Era para tornar mais palatável a sua fusão com o Banco do Brasil, como já anunciam os emissários do Meireles e seus agentes amestrados pela Convenção de Washington em nome do deus Mercado. O próprio "Fanfani" a estas alturas já deve ter-se dado de suas fanfarronices...no episódio Capaf.

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  10. O pronunciamento do colega Madson, no sentido de que “ ... passamos a ser insumo de primeira grandeza para interesse quase mercenário de um sem número do prestadores de serviços de assistência à saúde”, apenas confirmou o óbvio. Com uma vantagem: É o nosso dirigente máximo que está identificando os motivos por que a nossa Caixa de Assistência está numa situação financeira preocupante.
    Aliás, o Madson foi “econômico” ao utilizar a expressão “interesse QUASE mercenário”, para caracterizar a conduta dessas unidades de saúde. Isso porque essa tese constitui a generalidade daqueles que vêm comentando através deste blog acerca da situação presente das unidades de assistência de auto gestão, com a omissão desse adverbio.
    Perguntaria, então, ao operoso Madson, o que ele acha que é necessário fazer para conciliar os recursos financeiros da CASF com a volúpia da cobrança das unidades de saúde. Afinal de contas, depois da pletora de comentários unânimes sobre as razões que levaram a essa situação e da vivência dele no comando da nossa Caixa de Previdência, alguma idéia há de ter protado dos seus neurônios.
    Com uma ressalva: Não vale utilizar, na resposta, o adverbio NADA.

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    1. Madison Paz de Souza - Presidente da Diretoria Executiva da CASF.14 de novembro de 2017 às 18:36

      Prezado Anônimo,
      A conciliação dos recursos da CASF com a volúpia da cobrança das unidades prestadoras de serviços de assistência à saúde (sobretudo os hospitais e clínicas de exames diagnósticos) não é diferente da “receita” que solucionará o mesmo problema, também presente em todas as operadoras que atuam no segmento da autogestão de planos de saúde. A receita é única e passa pela necessária regulação do poder público às práticas de comercialização desses serviços, incluindo insumos de alto custo como, por exemplo os instrumentos descartáveis. Como se sabe, a Agência Nacional de Saúde – ANS regula tão somente os planos de saúde, enquanto a ANVISA exerce uma regulação dos prestadores de serviços de saúde, com o foco exclusive nas condições de segurança operacional, sem qualquer balizamento sobre as práticas comerciais de fornecedores de serviços e insumos para o setor da saúde. (até por incompatível com a sua finalidade precípua). Nesse particular, sabe-se que o exercício do livre comércio é princípio universal, praticado em qualquer regime democrático, em respeito à livre concorrência como corolário da lei da oferta e da procura. Para o setor da saúde, contudo, por se tratar de dever constitucional do Estado e, consequentemente, praticado pela iniciativa privada nos moldes de uma efetiva concessão de serviço público, acreditamos ser dever do Estado criar mecanismos de regulação capazes de disciplinar e até mesmo de modular os limites do lucro sobre insumos e serviços de saúde.
      É o clamor em torno do qual a sociedade deveria fechar questão junto ao poder público, não obstante e franca inapetência dos seus agentes, cada vez mais densa quanto mais intensos, robustos e estruturados são os lobbies em defesa da manutenção do “status quo”. Seria, como entendo, a única forma de se conter a crescente evasão do público assistidos pelos planos vinculados ao sistema de saúde suplementar (pela absoluta falência de capacidade de pagamento) e a consequente exposição de toda a grande massa à “misericórdia” do SUS.
      Quanto a nossa questão específica, conforme atuarialmente diagnosticado, o problema que afeta a sustentabilidade da CASF se resume à nossa baixa capacidade de arrecadar o suficiente para o pagamento da despesa assistencial dos nos mais de 12 mil beneficiários. E, ressalte-se: dos 5 planos administrados pela CASF, apenas o PLANCASF, com as suas mazelas estruturais de origem, por insolvente, coloca em risca a própria sobrevivência da CASF. As medidas que estão sendo encaminhadas com base na avaliação atuarial do mencionado plano, por si só, são suficientes e necessárias para a retomada da sustentabilidade econômico-financeira da CASF. Ainda no horizonte das nossas soluções, a unificação dos nossos planos em um novo plano estruturados no regime de pagamento pós-fixado, é projeto em curso, já aprovado pelo Conselho Deliberativo e que se encontra em fase de conclusão para ser submetido a aprovação da ANS. Enquanto o processo se conclui, assiste-nos o desafio que demonstrar (em frequentes contatos com os nossos beneficiários, dentre eles, valorosos formadores de opinião) que a modalidade da precificação pós-fixada não implica em incertezas quanto a obrigação de pagar o plano mês-a-mês. A metodologia adotada na formulação dessa modalidade de precificação dispõe de recursos absolutamente seguros quanto a essa presumida incerteza.

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  11. O colega das 14.50 hs sugere que “precisamos reunir um grupo de associados da Casf para elaborarmos um Plano de Emergência para a sobrevivência da Casf”.
    A idéia é interessante mas eu sugiro que esse Plano de Emergência seja integrado principalmente pelos próprios integrantes dos órgãos que constituem o corpo diretivo da CASF, acrescido de um ou outro associado que tenha condições de ajudar nesse sentido.
    Afinal de contas ninguém melhor do que os membros da Diretoria da Entidade, acrescidos daqueles pertencentes ao Conselho Fiscal e ao Conselho Deliberativo, para oferecer sugestões que visem a colocar a nossa Caixa numa situação mais segura em relação ao equilíbrio entre os recursos de que dispõe e as despesas que está enfrentando.
    São esses personagens que devem conhecer realmente os meandros da Entidade, as suas particularidades operacionais, a harmonia que terá de existir com os dispositivos legais que regem a Entidade e a que ela deve obediência, e por aí afora.
    Ao Conselho Deliberativo, por exemplo, cabe estabelecer as diretrizes fundamentais e as normas gerais de organização, operação e administração da CASF.
    O que causa inquietação àqueles que estão do lado de fora e que serão justamente os mais prejudicados com a eventual extinção da Caixa, é não se ter noticia de que alguma coisa nesse sentido está sendo feita, malgrado os seis meses que transcorreram desde o momento em que as razões da dificuldade estão diagnosticadas e que estão sendo objeto de debates no corpo deste blog.
    Não acreditamos que um colegiado composto por mais de uma dezena de cérebros que,pelo menos em tese, devam estar perfeitamente identificados com os desequilíbrios hoje existentes no interior da Entidade, não tenham condições de propor alguma medida que ponha fim ao atual “status quo”.
    Quando nada, pelo menos em função da remuneração que alguns recebem.

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  12. O pronunciamento do nosso caro Madson deixa a nú o quanto estamos vulneráveis a um sistema que controla apenas um dos seus polos, deixando de fazê-lo em relação ao outro, exatamente aquele que, pra nossa infelicidade, nele estamos incluídos. É isso que eu entendo sobre o quanto está dito neste trecho do pronunciamento do colega:
    “Como se sabe, a Agência Nacional de Saúde – ANS regula tão somente os planos de saúde, enquanto a ANVISA exerce uma regulação dos prestadores de serviços de saúde, com o foco exclusive (ou inclusive (?) nas condições de segurança operacional, sem qualquer balizamento sobre as práticas comerciais de fornecedores de serviços e insumos para o setor da saúde.”
    Para agravamento dessa vulnerabilidade, o polo regulamentado pelo sistema é exatamente aquele que gera o insumo financeiro necessário para viabilizar a continuidade desse mesmo sistema mas cuja expansão está vinculada a regras que independem da vontade dos “geradores”. É o que se depreende deste trecho do comentário, que aponta para um destino inexorável: o beco sem saída.

    “ ... o problema que afeta a sustentabilidade da CASF se resume à nossa baixa capacidade de arrecadar o suficiente para o pagamento da despesa assistencial dos nossos mais de 12 mil beneficiários.”.
    Para agravar a situação no caso da nossa Caixa, a dificuldade, está somada à outra, que eu classificaria de surreal:
    “ ,,, o PLANCASF, com as suas mazelas estruturais de origem, por insolvente, coloca em risco a própria sobrevivência da CASF.” (não é piada)
    O Madson, em seu comentário, reconhece que diante da natureza dos serviços prestados pelo sistema, deveria o “Estado criar mecanismos de regulação capazes de disciplinar e até mesmo de modular os limites do lucro sobre insumos e serviços de saúde.”, inclusive para minorar a virulência desse assalto praticado pelas unidades de saúde e já reconhecido à saciedade.
    E faz então uma conclamação, alvitrando que a sociedade “deveria fechar questão junto ao poder público, não obstante e franca inapetência dos seus agentes, cada vez mais densa quanto mais intensos, robustos e estruturados são os lobbies em defesa da manutenção do “status quo”.”
    Concordo em gênero, número e grau com o colega, mas não posso deixar passar a ressalva de que esse “fechamento de questão” caberia exatamente aos organismos que, organizados sob a forma de Planos de Saude, Sindicatos de Classe, e outros, representam a voz de todos aqueles que a eles são filiados.
    O que não dá pra entender, portanto, é: Por que isso não feito até agora, com o peso de todas as unidades reunidas numa voz uníssona ? O que estão esperando ? Será que existia um desconhecimento geral acerca dessa necessidade, sobre um assunto que está sendo debatido ha tanto tempo ?
    Não posso acreditar que o “poder publico” resistiria ao peso de todos esses planos, acrescidos dos sindicatos das respectivas classes e dos outros organismos que se dizem encarregados de proteger os interesses dos respectivos empregados de cada um dos órgãos.
    Finalmente, o que me causa um calafrio na espinha é a solução que o nosso caro Madson diz estar em andamento para contornar a situação:
    “ ... a unificação dos nossos planos em um novo plano estruturados no regime de pagamento pós-fixado, é projeto em curso, já aprovado pelo Conselho Deliberativo, e que se encontra em fase de conclusão para ser submetido a aprovação da ANS.”
    Principalmente diante da ininteligível “explicação” de que:
    “ ... a modalidade da precificação pós-fixada não implica em incertezas quanto a obrigação de pagar o plano mês-a-mês. A metodologia adotada na formulação dessa modalidade de precificação dispõe de recursos absolutamente seguros quanto a essa presumida incerteza.”
    Durma-se com um barulho desses.

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