“Todos os repasses das empresas Andrade Gutierrez Engenharia e Construtora Andrade Gutierrez ocorreram no período de 18 de setembro de 2006 a 2 de fevereiro de 2012 ou seja, no período em que Duciomar Gomes da Costa foi prefeito de Belém (2005-2012). Não obstante a quebra de sigilo bancário ter sido realizada até 26 de setembro de 2016, todos os repasses ocorreram dentro dos mandatos de prefeito do investigado Duciomar, o que indica que há uma relação direta da função pública de Duciomar com os repasses para as empresas”, afirma a Procuradoria da República.
A PF e a Procuradoria suspeitam que ‘Dudu’ comandava organização criminosa que teria desviado R$ 400 milhões dos cofres públicos por meio de fraudes a licitações durante sua gestão na capital paraense, entre 2005 e 2012, nas secretarias de Comunicação, Habitação e Urbanismo. O prejuízo já identificado pela Operação Forte do Castelo inclui recursos federais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), convênios celebrados com o Ministério do Esporte e repasses do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e do Fundo Nacional de Saúde (FNS).
Uma das empresas alvo da Forte do Castelo é a Metrópole Construção LTDA, ligada à Elaine Baia Pereira, mulher de ‘Dudu’. A Procuradoria pagamentos da Andrade Gutierrez à empresa.
Segundo a investigação, a relação da Andrade Gutierrez com a Prefeitura de Belém envolve ‘duas das principais (e mais caras) obras da administração Duciomar Costa’. A Procuradoria identificou o’ Portal da Amazónia inserido no projeto maior da macrodrenagem da Estrada Nova, em valor global de R$125 milhões de recursos federais, e o BRT-Belém na Avenida Almirante Barroso, também financiado com recursos federais’.
“Os repasses das empresas Andrade Gutierrez Engenharia e Construtora Andrade Gutierrez são diretamente relacionados aos períodos de acerto, licitação e contrato das obras Portal da Amazônia e BRT-Belém”, anota a Forte do Castelo.
“Os repasses ocorridos de 18 de setembro de 2006 a 26 de março de 2009, no total de R$ 503.842,42 foram feitos quando a empresa Metrópole Construção LTDA. só tinha a própria Elaine Baia Pereira como funcionária, ou seja, sem qualquer capacidade operacional”, destacam os investigadores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário