Fale com este blog

E-mail: ercio.remista@hotmail.com
Celular/watsap: (91) 989174477
Para ler postagens mais antigas, escolha e clique em um dos marcadores relacionados ao lado direito desta página. Exemplo: clique em Santarém e aparecerão todas as postagens referentes à terra querida. Para fazer comentários, eis o modo mais fácil: no rodapé da postagem clique em "comentários". Na caixinha "Comentar como" escolha uma das opções. Escreva o seu comentário e clique em "Postar comentário".

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Clonando Pensamento

“Para alguém provar que é ‘mocorongo’ (nascido em Santarém), nem precisa exibir a carteira de identidade ou a certidão de nascimento. Basta demonstrar que sabe cantar: ...Nunca vi praias tão belas/ Prateadas como aquelas/ Do torrão em que nasci..."
(Vicente Malheiros da Fonseca – filho do maestro Wilson Fonseca - Isoca)

Um comentário:

  1. CANÇÃO DE MINHA SAUDADE
    (Canção)
    Letra: Wilmar Fonseca
    Música: Wilson Fonseca (1949)

    Nunca vi praias tão belas
    Prateadas como aquelas
    Do torrão em que nasci!
    Da CAIEIRA, do LAGUINHO
    (MAPIRI é um carinho)
    Onde canta a Juruti.
    Nunca vi praia tão boa
    Como aquela da COROA
    Bem pertinho do SALÉ...
    De SÃO MARCOS, tão branquinha
    (A candura da PRAINHA)
    VERA-PAZ... MARIA JOSÉ!

    Bem juntinho àquela serra
    Que domina a minha terra,
    Tem um pé de sapoti
    Onde entoa, sem mentira,
    Alegrando CAMBUQUIRA
    O seu canto o Bem-te-vi.
    Quem me dera em suas águas
    Sufocar as minhas mágoas
    À beira do Igarapé!
    E depois no IRURÁ
    (Ó meu Deus, quando será?)
    Reviver a minha fé.

    Mergulhei já no AMAZONAS
    (Não me digas: tu blasonas)
    P’ra no TAPAJÓS boiar...
    Há encanto em teus jardins
    Vicejando benjamins
    Que prateiam ao luar.
    Tens Maria por padroeira
    Essa Mãe tão brasileira,
    SANTARÉM DA CONCEIÇÃO .
    Se relembro teus recantos,
    Ó Jesus lá vêm meus prantos,
    Vou cantando esta canção!

    ______________________

    Gravação extraída do CD “Projeto Uirapuru – O Canto da Amazônia” (volume 1) – Wilson Fonseca, lançado pela Secult/PA (1995/1996).

    Primeiro trecho apenas instrumental: ao piano, o próprio compositor Wilson Fonseca (Maestro Isoca).

    Segundo trecho da música: Coral, Saxofone e Pianos. Intérpretes: Marina Monarcha, Madalena Aliverti, Maria Lídia Mendonça, Pedro Paulo Ayres de Mattos (“Pepê”), Paulo Ivan Campos e Francisco Campos (cantores), com a participação de familiares de Wilson Fonseca e da plateia, José Wilson Malheiros da Fonseca (saxofone-alto), Vicente José Malheiros da Fonseca (piano acústico) e José Agostinho da Fonseca Neto (piano digital e regência).

    Concerto realizado no Teatro Margarida Schiwazzappa (Centur), em Belém-PA (1995).

    A canção, considerada o “hino sentimental” de Santarém, tem registros emocionantes.

    Foi cantada por todos os presentes (palco e platéia), com entusiasmo e vibração, numa verdadeira apoteose no encerramento do recital em homenagem a Wilson Fonseca, em agosto de 1995, no Teatro "Margarida Schivasappa" (Centur), em Belém (PA), sob os auspícios da Secretaria Estadual da Cultura (Governo do Estado do Pará), em comemoração ao transcurso do 75º aniversário de vida musical do maestro santareno Wilson Fonseca (Isoca), com a participação de diversos cantores e instrumentistas nacionais e estrangeiros, bem como de seus familiares.

    No palco, a reunião de vários intérpretes que participaram do evento.

    Autêntico “hino sentimental" de Santarém, a canção foi adotada como "hino oficial" do 1º Festival de Música Popular do Baixo-Amazonas, realizado em Santarém (1970), e executada na Semana de Santarém (1972), no Theatro da Paz, em Belém, idealizada pelo Maestro Waldemar Henrique. Foi gravada no disco “Ano do Sesquicentenário da Independência”, editado pelo Governo do Estado do Pará (Orquestra e Coro Edison Marinho, Rio de Janeiro); no CD Wilson Fonseca – Projeto Uirapuru – O Canto da Amazônia (vol. 1), editado pela Secult/PA (1996); e no CD “Encontro com Maestro Isoca” (2002). A OSTP executou a canção, com arranjo orquestral de Vicente Fonseca (filho do compositor), em dois concertos em Santarém: Projeto “A Orquestra nos Municípios” (2006) e na comemoração dos 350 anos da cidade (2011), com participação do Coro Jovem Maestro Wilson Fonseca, da cantora Cristina Caetano e da plateia. Nas comemorações do centenário de nascimento do compositor, foi escrito outro arranjo orquestral, da lavra de José Agostinho da Fonseca Júnior (neto do compositor), então regente adjunto da OSTP.

    É por isso mesmo que se costuma dizer que para alguém provar que é "mocorongo" (apelido de quem nasce em Santarém-PA) nem precisa exibir a carteira de identidade ou a certidão de nascimento. Basta demonstrar que sabe cantar esta bela canção:

    Ouça a música:

    https://soundcloud.com/vicente-malheiros-da-fonseca/can-o-de-minha-saudade

    Abraços,

    Vicente Malheiros da Fonseca

    ResponderExcluir