Ao persistir nas reformas essenciais para o País, a despeito da enorme dificuldade política, da resistência das corporações privilegiadas e do desgaste provocado por um debate repleto de mistificações, o governo do presidente Michel Temer consolidará uma agenda que certamente estará nos palanques na eleição do ano que vem. Talvez seja essa a principal contribuição do final desse governo: obrigar os candidatos a presidente a dizer o que pensam sobre esse tema, que os políticos costumam evitar em ano de eleição, em razão da percepção de que se trata de assunto do qual o eleitor nem quer ouvir falar.
Já está mais do que na hora de parar de tratar o eleitor como incapaz de aceitar a realidade e de perceber que o descontrole das contas públicas lhe é prejudicial. No caso da reforma da Previdência, por exemplo, o governo começa a colher os frutos de uma campanha que afinal mostrou que somente os privilegiados ganham com a manutenção do atual sistema. A mensagem, conforme indicam pesquisas de opinião, parece ter sido capaz de reduzir uma antes sólida maioria contrária à reforma. A rejeição ainda é majoritária, mas cresceu muito a parcela dos que agora se dizem favoráveis à reforma.
Mais importante do que essa reversão de expectativas, porém, é o fato de que o engajamento do governo colocou a reforma da Previdência na berlinda, e, com ela, todo o tema da necessidade de sanear as finanças nacionais e facilitar a retomada do crescimento – o que inclui outras medidas essenciais, como a reforma tributária. Tudo isso pode vir a ser empacotado como plataforma eleitoral por um candidato que venha a ser apoiado por partidos reformistas, que apostariam na recuperação da economia como ativo na campanha de 2018. Seja quem for esse candidato, deverá servir como porta-voz de uma parte significativa das forças produtivas do País, que sabem o quão crucial é superar a irresponsabilidade populista que, na era lulopetista, parecia fadada a se perpetuar. Ao portar a bandeira das reformas nos debates eleitorais, um candidato com aquele perfil certamente será confrontado por aqueles que se opõem às mudanças, alguns ferozmente, e então o eleitor terá condições – ao menos é isso o que se espera de uma campanha – de conhecer os diversos pontos de vista a respeito desse assunto.
Ninguém terá como ficar em cima do muro. Aqueles partidos e candidatos que costumam fugir desse debate porque, segundo imaginam, poderiam sofrer prejuízos eleitorais já estão sendo impelidos a se posicionar sobre as reformas. No caso da Previdência, o governo espera que os partidos que dizem apoiar as reformas fechem questão em torno do tema, isto é, obriguem seus parlamentares a votar a favor. Contingentes cada vez maiores de cidadãos preocupados com o futuro pensam da mesma forma e esperam o mesmo dos partidos que apoiam. E alguns grandes partidos de fato têm fechado questão, embora sem prever nenhuma punição em caso de dissidências – como foram os casos do PSDB e do PMDB.
Não é o ideal, mas só isso já é o bastante para indicar uma possível formação de um movimento, na disputa da Presidência, que alinhe partidos formalmente comprometidos com as reformas. O primeiro grande teste desse possível bloco deverá ser justamente na votação da reforma da Previdência, empurrada para fevereiro de 2018. Por ser ano eleitoral, ainda que apenas em seu início, o debate no Congresso decerto estará vinculado a esse cenário, e então será possível avaliar quem é quem nessa grande questão nacional.
Não é mais possível hesitar diante da necessidade de reforçar a responsabilidade fiscal e aprovar reformas que deem sustentação à tão esperada recuperação da economia. Os inimigos do bom trato das contas públicas todos sabemos quem são, pois estes não se escondem – ao contrário, fazem disso seu grande capital eleitoral, contando com sua capacidade de manter os eleitores encantados com promessas populistas. Para enfrentá-los, espera-se que essa ofensiva reformista do governo ganhe adeptos, em primeiro lugar, entre aqueles que deveriam apoiar a agenda reformista, mas, por razões puramente eleitoreiras, titubeiam ou desconversam. Nenhum cálculo desse tipo se justifica diante da chance única de obter plena chancela eleitoral às reformas.
Já está mais do que na hora de parar de tratar o eleitor como incapaz de aceitar a realidade e de perceber que o descontrole das contas públicas lhe é prejudicial. No caso da reforma da Previdência, por exemplo, o governo começa a colher os frutos de uma campanha que afinal mostrou que somente os privilegiados ganham com a manutenção do atual sistema. A mensagem, conforme indicam pesquisas de opinião, parece ter sido capaz de reduzir uma antes sólida maioria contrária à reforma. A rejeição ainda é majoritária, mas cresceu muito a parcela dos que agora se dizem favoráveis à reforma.
Mais importante do que essa reversão de expectativas, porém, é o fato de que o engajamento do governo colocou a reforma da Previdência na berlinda, e, com ela, todo o tema da necessidade de sanear as finanças nacionais e facilitar a retomada do crescimento – o que inclui outras medidas essenciais, como a reforma tributária. Tudo isso pode vir a ser empacotado como plataforma eleitoral por um candidato que venha a ser apoiado por partidos reformistas, que apostariam na recuperação da economia como ativo na campanha de 2018. Seja quem for esse candidato, deverá servir como porta-voz de uma parte significativa das forças produtivas do País, que sabem o quão crucial é superar a irresponsabilidade populista que, na era lulopetista, parecia fadada a se perpetuar. Ao portar a bandeira das reformas nos debates eleitorais, um candidato com aquele perfil certamente será confrontado por aqueles que se opõem às mudanças, alguns ferozmente, e então o eleitor terá condições – ao menos é isso o que se espera de uma campanha – de conhecer os diversos pontos de vista a respeito desse assunto.
Ninguém terá como ficar em cima do muro. Aqueles partidos e candidatos que costumam fugir desse debate porque, segundo imaginam, poderiam sofrer prejuízos eleitorais já estão sendo impelidos a se posicionar sobre as reformas. No caso da Previdência, o governo espera que os partidos que dizem apoiar as reformas fechem questão em torno do tema, isto é, obriguem seus parlamentares a votar a favor. Contingentes cada vez maiores de cidadãos preocupados com o futuro pensam da mesma forma e esperam o mesmo dos partidos que apoiam. E alguns grandes partidos de fato têm fechado questão, embora sem prever nenhuma punição em caso de dissidências – como foram os casos do PSDB e do PMDB.
Não é o ideal, mas só isso já é o bastante para indicar uma possível formação de um movimento, na disputa da Presidência, que alinhe partidos formalmente comprometidos com as reformas. O primeiro grande teste desse possível bloco deverá ser justamente na votação da reforma da Previdência, empurrada para fevereiro de 2018. Por ser ano eleitoral, ainda que apenas em seu início, o debate no Congresso decerto estará vinculado a esse cenário, e então será possível avaliar quem é quem nessa grande questão nacional.
Não é mais possível hesitar diante da necessidade de reforçar a responsabilidade fiscal e aprovar reformas que deem sustentação à tão esperada recuperação da economia. Os inimigos do bom trato das contas públicas todos sabemos quem são, pois estes não se escondem – ao contrário, fazem disso seu grande capital eleitoral, contando com sua capacidade de manter os eleitores encantados com promessas populistas. Para enfrentá-los, espera-se que essa ofensiva reformista do governo ganhe adeptos, em primeiro lugar, entre aqueles que deveriam apoiar a agenda reformista, mas, por razões puramente eleitoreiras, titubeiam ou desconversam. Nenhum cálculo desse tipo se justifica diante da chance única de obter plena chancela eleitoral às reformas.
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