Romero Jucá quer dobrar o fundo eleitoral. Ele disse que, se isso não for feito, os candidatos vão roubar. Leia um trechinho de sua entrevista ao Valor:
Os R$ 1,7 bilhão previstos no orçamento são suficientes?
O fundo terá importância no momento em que tiver um valor que
seja razoável. Sou contra ter fundo só para constar. Se não tivermos
valores razoáveis, as campanhas serão feitas de forma irregular. Ou
teremos campanhas financiadas por facções criminosas ou por setores
heterodoxos da política e da economia, porque manuseiam dinheiro e terão
mais facilidade.
O que seria razoável?
O valor de R$ 1,7 bilhão não leva em conta a necessidade da
disputa eleitoral. Em 2014, tivemos uma despesa declarada de R$ 7,2
bilhões. Vamos chegar quatro anos depois e gastar R$ 1,7 bilhão? Isso é
factível?
Então quanto?
Eu defendi um fundo de R$ 3,6 bilhões porque era 50% do valor de
2014, extra-teto, sem impactar nos gastos com educação e
saúde. Infelizmente, o bom senso não prosperou. O pessoal faz média e
depois, cai na esparrela.
Então vão aprovar mais recursos para fazer campanha?
A gente tem que discutir o que quer: a solução passa por ter
dinheiro lícito ou dinheiro ilícito. Eu defendo deixar o fundo eleitoral
fora do teto do gasto. Essa decisão será do Congresso.
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