Antes, surgiu a polêmica do carnaval em Alter do Chão, com ou sem Maizena. Prevaleceu a vontade da maioria: este ano o mela-mela vai continuar. Agora, surge mais um fato que por certo contribuirá para o insucesso da quadra carnavalesca em Santarém. Confiram o que narra a reportagem do G1Santarém:
Os blocos de enredo decidiram suspender os desfiles no carnaval oficial deste ano, promovido pela Prefeitura de Santarém, oeste do Pará. O anúncio foi feito pelo presidente da Associação Santarena das Agremiações Carnavalescas (Asac) nesta terça-feira (30). A Asac alega falta de estrutura para as apresentações das alegorias na avenida Anísio Chaves, além da falta de arquibancadas para comportar o público.
Em 2017, quando o Governo decidiu transferir os desfiles da Orla para a avenida Anísio Chaves, a Asac já havia se manifestado contra a decisão. A estrutura do local, que também foi alvo de polêmica entre as agremiações, não contemplaria o modelo de carnaval e o projeto a ser executado pelos blocos, segundo os organizadores. O bloco da Pulga, por exemplo, um dos tradicionais da cidade, não se apresentou.
O presidente da Asac, Naldo Almeida, disse ao G1 que os blocos chegam a investir entre R$ 45 e R$ 50 mil em alegorias, fantasias e outros adereços para as apresentações e que todo esse esforço não vale a pena quando não se tem estrutura. Segundo ele, este ano o Governo não disponibilizou trio elétrico, alegando conter gastos. “Não tem como os blocos se apresentarem. Não tem estrutura. É um custo multo alto para eles”, disse.
Em entrevista a TV Tapajós, o secretário de Cultura, Luiz Alberto Figueira, disse lamentar a decisão tomada pela Asac. “Eu acho que igradeceria a participação da Asac. Mas, se eles não pretendem participar, não querem participar, só temos a lamentar. Mas, o carnaval vai continuar alegre, seguro e muito feliz para as famílias de Santarém que desejam participar do evento", disse.
O secretário falou ainda que os blocos estão alegando que a Prefeitura e Secretaria de Cultura não estão dando assistência ou ajudando os blocos. “No meu entendimento, a Prefeitura faz o carnaval para o povo. Não pode fazer carnaval para os blocos. Eu particularmente sou contra o financiamento de blocos. Até porque a Lei proíbe isso”, ressaltou.
Carnaval alternativo
Com a decisão de suspender os desfiles no carnaval oficial, a Asac declarou que este ano, cada bloco vai promover um carnaval alternativo, nos bairros. A proposta dos blocos é fazer o famoso carnaval de rua. Os organizadores estão programados arrastões pelas ruas da cidade, com várias atrações. A ideia é manter a tradição dos blocos e reunir os foliões apaixonados pelo samba.
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