Silvio Santos e o presidente tentaram ser didáticos e "traduzir" a reforma para um público que não está acostumado ao noticiário político e econômico. "Se não aprovarem a Previdência, daqui dois, três, quatro anos não vai ter dinheiro para pagar ninguém", disse o apresentador. O presidente completou: "Se não houver uma reformulação na Previdência vai acontecer o que aconteceu em Portugal e na Grécia. Ou seja, a dívida previdenciária é tão grande, tão expressiva, que lá (Grécia e Portugal) foi preciso cortar 30%, 40% dos vencimentos dos funcionários públicos”.
Mais uma vez, Silvio tentou ser didático. Disse que, caso a reforma da Previdência não ocorra, "quem ganha R$ 1.000 pode receber apenas R$ 600". Outro exemplo de didatismo foi quando o apresentador afirmou que os pais dele não viveram até os 80 anos, mas que agora a expectativa de vida é muito maior – portanto, uma reforma da Previdência seria necessária. O presidente completou dizendo que no futuro o ser humano vai viver até os 120 anos. Temer afirmo que a reforma não afetará os mais pobres.
Silvio Santos foi enfático: "Não aprovar a reforma da Previdência não é piada, não é bazófia, se não fizer a reforma não vamos ter dinheiro para pagar os aposentados". Silvio tentou fazer o presidente criticar os deputados que são contra a reforma, mas Temer se esquivou e não fez críticas ao Legislativo. O presidente afirmou que quer ser reconhecido pelo seu legado na presidência. Antes de se despedir, Temer disse que faria com Silvio Santos algo que ele costuma fazer com suas colegas de trabalho. Longe do microfone, o diálogo ficou abafado, parecendo se tratar de algum segredo. O que se viu foi o presidente passando uma nota de R$ 50 para o apresentador (que é o que Silvio Santos costuma fazer com sua plateia ao repetir o bordão: "Quem quer dinheiro?").
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