A declaração de FHC foi dada durante o primeiro evento da série 'A Reconstrução do Brasil' do Fórum Estadão, realizado em São Paulo. "No passado, colocar um civil na Defesa era símbolo de qual poder prevalece." "Em várias ocasiões (no meu governo), houve pressão para fazer intervenção na segurança nos Estados. Não fiz intervenção porque elas paralisam as reformas constitucionais", disse FHC, que defendeu uma mudança na maneira de os governos enfrentarem o problema das drogas no País. "A questão da segurança está ligada à corrupção. A questão do tráfico de armas é tão grande quanto a da droga. Tem de enfrentar a questão da droga de maneira diferente, não apenas repressiva."
Segunda-feira, 26, o governo anunciou o general Joaquim Silva e Luna para comandar o ministério da Defesa, ocupando a vaga de Raul Jungmann, deslocado para assumir o recém-criado Ministério da Segurança Pública. Desde 1909, quando foi criada, é a primeira vez que um militar assume a pasta da Defesa. A mudança e a criação de um novo ministério foram decisões tomadas pelo governo após a intervenção federal na segurança no Rio de Janeiro.
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