Na guerra de narrativas que assola o País, virou lugar comum a esquerda chamar os adversários de “fascistas” e “nazistas”. Para Lula e outros líderes do PT e de seus satélites, como o MST, o MTST e a CUT, o bloqueio da entrada da caravana petista em cidades do sul, o recebimento de ovadas em atos do partido e as manifestações orais de intolerância contra seus líderes recebem os rótulos malditos. Até os responsáveis pelos tiros contra os ônibus de Lula, cuja autoria ainda está sob investigação, são enquadrados por antecipação nas categorias odiosas. Agora, quando grupos de apoiadores do ex-presidente se organizam para evitar que a PF possa detê-lo, quando atacam veículos da imprensa, quando bloqueiam rodovias pelo Brasil afora ou quando erguem barricadas urbanas com pneus em chamas, isso é “resistência democrática”. Para a esquerda, fascistas e nazistas, só os outros. Diante do uso seletivo, porém, as duas palavras perderam o real significado. Hoje, não passam de recurso ardiloso para tentar intimidar os opositores. (De José Fucs, no BR18)
Entidades de comunicação repudiam agressões a jornalistas
Homem com camiseta da Central Única dos Trabalhadores (CUT) joga ovo em fotógrafo do Estadão
Associações de comunicação repudiam as agressões a jornalistas que ocorreram após o decreto da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelo juiz Sergio Moro. A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), a Associação Nacional de Editores de Revistas (ANER) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) criticam com veemência as agressões e hostilidades ocorridas desde a noite de quinta-feira, 5, contra jornalistas que trabalham na cobertura dos eventos relacionados ao decreto da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Toda essa violência injustificável e covarde decorre da intolerância e da incapacidade de compreender a atividade jornalística, que é a de levar informação aos cidadãos. Além de atentar contra a integridade física dos jornalistas, os agressores atacam o direito da sociedade de ser livremente informada. A ABERT, a ANER e a ANJ se solidarizam com os profissionais e as empresas vítimas das agressões e hostilidades e esperam que todos os fatos sejam apurados pelas autoridades responsáveis, com a punição dos agressores, nos termos da lei. A liberdade de imprensa e o direito à informação são básicos nas sociedades democráticas, e estão sendo desrespeitados pelo autoritarismo dos agressores. Todos aqueles que prezam a democracia precisam se colocar contra esses lamentáveis episódios e se mobilizar para que não voltem a ocorrer. Sem jornalismo, não há democracia", destacou a nota.
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) também informou, em nota, que "a violência contra profissionais da imprensa é inaceitável em qualquer contexto. Impedir jornalistas de exercer seu ofício é atentar contra a democracia. Os autores devem ser identificados e punidos pelas autoridades."
O pedido de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, expedido pelo juiz Sérgio Moro na noite desta quinta-feira provocou agressões a jornalistas que cobriam os desdobramentos do caso. Foram registrados incidentes em São Bernardo do Campo e Brasília.
Em São Bernardo do Campo, onde Lula passou a noite no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a imprensa teve que sair da sala onde estava, no térreo, para o terceiro andar do edifício, depois de acuados por militantes que tentaram forçar a entrada na área destinada aos profissionais.
O fotógrafo do Estado Nilton Fukuda foi atingido por ovos arremessados por um homem que vestia camiseta da Central Única dos Trabalhadores (CUT), na noite desta quinta-feira.
Um carro do 'Correio Braziliense' foi atingido em frente à sede da CUT, na capital federal, por pelo menos 30 manifestantes que avançaram em direção ao veículo em que estavam uma repórter, uma fotógrafa e o motorista. Um vidro foi quebrado enquanto os militantes gritavam ofensas ao jornal e à imprensa de modo geral. O caso foi registrado na Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado.
No mesmo local, equipes do 'SBT' e da 'Reuters' foram ameaçadas e cercadas. "Vocês vão sair daqui para o bem de vocês", ouviu um cinegrafista do canal televisivo. /Portal Estadão
"Toda essa violência injustificável e covarde decorre da intolerância e da incapacidade de compreender a atividade jornalística, que é a de levar informação aos cidadãos. Além de atentar contra a integridade física dos jornalistas, os agressores atacam o direito da sociedade de ser livremente informada. A ABERT, a ANER e a ANJ se solidarizam com os profissionais e as empresas vítimas das agressões e hostilidades e esperam que todos os fatos sejam apurados pelas autoridades responsáveis, com a punição dos agressores, nos termos da lei. A liberdade de imprensa e o direito à informação são básicos nas sociedades democráticas, e estão sendo desrespeitados pelo autoritarismo dos agressores. Todos aqueles que prezam a democracia precisam se colocar contra esses lamentáveis episódios e se mobilizar para que não voltem a ocorrer. Sem jornalismo, não há democracia", destacou a nota.
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) também informou, em nota, que "a violência contra profissionais da imprensa é inaceitável em qualquer contexto. Impedir jornalistas de exercer seu ofício é atentar contra a democracia. Os autores devem ser identificados e punidos pelas autoridades."
O pedido de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, expedido pelo juiz Sérgio Moro na noite desta quinta-feira provocou agressões a jornalistas que cobriam os desdobramentos do caso. Foram registrados incidentes em São Bernardo do Campo e Brasília.
Em São Bernardo do Campo, onde Lula passou a noite no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a imprensa teve que sair da sala onde estava, no térreo, para o terceiro andar do edifício, depois de acuados por militantes que tentaram forçar a entrada na área destinada aos profissionais.
O fotógrafo do Estado Nilton Fukuda foi atingido por ovos arremessados por um homem que vestia camiseta da Central Única dos Trabalhadores (CUT), na noite desta quinta-feira.
Um carro do 'Correio Braziliense' foi atingido em frente à sede da CUT, na capital federal, por pelo menos 30 manifestantes que avançaram em direção ao veículo em que estavam uma repórter, uma fotógrafa e o motorista. Um vidro foi quebrado enquanto os militantes gritavam ofensas ao jornal e à imprensa de modo geral. O caso foi registrado na Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado.
No mesmo local, equipes do 'SBT' e da 'Reuters' foram ameaçadas e cercadas. "Vocês vão sair daqui para o bem de vocês", ouviu um cinegrafista do canal televisivo. /Portal Estadão
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