Por Cristiana Lôbo - O Globo
Apesar de ser o principal assunto da política nos últimos meses, a prisão do ex-presidente Lula, determinada pelo juiz Sérgio Moro para que aconteça até as 17 horas desta sexta-feira, não deixa de ser surpreendente. Ou melhor: uma novidade. Afinal, nunca se viu por aqui um ex-presidente preso.
Em sete anos e três meses, Lula experimentou o paraíso político ao deixar o Palácio do Planalto com aprovação superior a 80% e ter elegido a sucessora; e o inferno que é a prisão, ao mesmo tempo em que está impedido de disputar a eleição por ser considerado ficha suja.
Nesta quinta vazia em Brasília, não se viu comemoração dos adversários. Afinal, muitos políticos estão respondendo a processos seja no STF, para os que têm foro; ou na primeira instância, para os que não têm.
"Desnecessário tudo isso", desabafou um assessor com gabinete no Palácio do Planalto - e que também responde a processo. "Se aconteceu com Lula, alguém com popularidade e com um partido que é fechado com ele, pode acontecer com qualquer outro".
É o que se ouve no STF. Agora, com a nova equipe da Polícia Federal atuando como suporte no STF, processos contra políticos podem andar mais rápido. E Lula pode não ser o único ex-presidente condenado e preso.
Outro ex-presidente, Fernando Collor, responde a processo no Supremo Tribunal Federal e o inquérito está bem avançado e pode ter um desfecho mais rapidamente, ainda este ano. Dilma Rousseff também está sendo investigada.
Outros políticos de partidos diferentes também devem colocar a barba de molho. Renan Calheiros, Romero Jucá, Aécio Neves estão sendo investigados e o STF pode querer mostrar que não é perseguição alguma contra Lula, como quer fazer crer o PT.
Em breve, mais um passo deve ser dado para a punição de políticos. A ministra Carmen Lúcia deve colocar em pauta o processo que acaba com o foro privilegiado - só seriam tratados pelo STF casos ocorridos no exercício do mandato.
O ministro Dias Toffoli que havia pedido vistas já o devolveu à Mesa e Carmen Lúcia não havia pautado esperando pela decisão sobre prisão em segunda instância, o que ficou entendido depois de o STF recusar o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa de Lula.
O PT ainda vai pressionar para que o STF analise a ADI 43, que trata do assunto. Acredita o partido que num julgamento como este pode haver resultado diferente - o voto de Rosa Weber, por exemplo.
Lula abriu a porteira. E dezenas de outros políticos estão na mesma fila. Daí, não se poderá mais dizer que o Brasil é o país da impunidade.
Apesar de ser o principal assunto da política nos últimos meses, a prisão do ex-presidente Lula, determinada pelo juiz Sérgio Moro para que aconteça até as 17 horas desta sexta-feira, não deixa de ser surpreendente. Ou melhor: uma novidade. Afinal, nunca se viu por aqui um ex-presidente preso.
Em sete anos e três meses, Lula experimentou o paraíso político ao deixar o Palácio do Planalto com aprovação superior a 80% e ter elegido a sucessora; e o inferno que é a prisão, ao mesmo tempo em que está impedido de disputar a eleição por ser considerado ficha suja.
Nesta quinta vazia em Brasília, não se viu comemoração dos adversários. Afinal, muitos políticos estão respondendo a processos seja no STF, para os que têm foro; ou na primeira instância, para os que não têm.
"Desnecessário tudo isso", desabafou um assessor com gabinete no Palácio do Planalto - e que também responde a processo. "Se aconteceu com Lula, alguém com popularidade e com um partido que é fechado com ele, pode acontecer com qualquer outro".
É o que se ouve no STF. Agora, com a nova equipe da Polícia Federal atuando como suporte no STF, processos contra políticos podem andar mais rápido. E Lula pode não ser o único ex-presidente condenado e preso.
Outro ex-presidente, Fernando Collor, responde a processo no Supremo Tribunal Federal e o inquérito está bem avançado e pode ter um desfecho mais rapidamente, ainda este ano. Dilma Rousseff também está sendo investigada.
Outros políticos de partidos diferentes também devem colocar a barba de molho. Renan Calheiros, Romero Jucá, Aécio Neves estão sendo investigados e o STF pode querer mostrar que não é perseguição alguma contra Lula, como quer fazer crer o PT.
Em breve, mais um passo deve ser dado para a punição de políticos. A ministra Carmen Lúcia deve colocar em pauta o processo que acaba com o foro privilegiado - só seriam tratados pelo STF casos ocorridos no exercício do mandato.
O ministro Dias Toffoli que havia pedido vistas já o devolveu à Mesa e Carmen Lúcia não havia pautado esperando pela decisão sobre prisão em segunda instância, o que ficou entendido depois de o STF recusar o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa de Lula.
O PT ainda vai pressionar para que o STF analise a ADI 43, que trata do assunto. Acredita o partido que num julgamento como este pode haver resultado diferente - o voto de Rosa Weber, por exemplo.
Lula abriu a porteira. E dezenas de outros políticos estão na mesma fila. Daí, não se poderá mais dizer que o Brasil é o país da impunidade.
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