A campanha de vacinação contra a gripe iniciou nesta segunda-feira, 23, e é normal surgirem dúvidas. Como parte da campanha, o Ministério listou seis mitos e verdades sobre a doença.
MITOS
1. É possível pegar gripe pela vacina?
Isso não é possível. A vacina contra a gripe é feita com o vírus morto.
Portanto, é 100% segura e incapaz de provocar a doença nas pessoas que
são vacinadas.
2. Em gestantes, a vacina faz mal para o bebê?
Pelo contrário. É muito importante a vacinação das grávidas, pois quando a mãe é vacinada o bebê também fica protegido.
3. A única forma de prevenir a gripe é tomando a vacina?
A vacina contra a gripe é a melhor e mais segura forma de se proteger
contra a doença, porém, existem outras medidas importantes que ajudam na
prevenção:
- Lavar e higienizar as mãos com frequência.
- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talher, copo e garrafa.
- Evitar tocar mucosas do olho, nariz e boca.
- Ter boa alimentação e beber bastante líquido.
- Evitar contato com pessoas que estejam com sintomas da gripe.
- Manter a sua casa bem arejada.
VERDADES
4. É preciso tomar a vacina todos os anos?
Sim. Isso acontece por dois motivos. Primeiro, porque a imunidade da
vacina se mantém por um período de aproximadamente 12 meses. Segundo,
porque a cada ano temos vírus diferentes, que causam diferentes tipos de
gripe, e a vacina é produzida a partir dos vírus que estão mais
propensos a aparecer durante o período de vacinação.
5. A gripe pode matar?
Se não for tratada
a tempo, a gripe pode causar complicações graves e levar à morte,
principalmente nos grupos de alto risco como, pessoas com mais de 60
anos, crianças menores de cinco anos, gestantes e doentes crônicos.
6. Gripe e resfriado são doenças diferentes?
Embora os sintomas sejam muito parecidos, os vírus que causam a gripe e
o resfriado são diferentes. A gripe é uma doença mais grave, que causa
febre alta, dores musculares, dor de cabeça, dor de garganta e exige
mais cuidados para não evoluir para uma pneumonia. Já o resfriado é mais
brando e dura menos tempo.
CAMPANHA
A mobilização nacional termina no dia 1º de junho e não haverá
prorrogação. Poderá tomar a vacina quem pertence ao grupo prioritário,
considerado pelo Ministério da Saúde mais suscetível ao agravamento de
doenças respiratórios. A meta do governo federal é imunizar 54 milhões
pessoas do grupo prioritário.
Podem se vacinar pessoas acima de 60 anos, crianças com idade
entre seis meses e cinco anos, trabalhadores de saúde, professores das
redes pública e privada, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45
dias após o parto), pessoas privadas de liberdade – entre eles,
adolescentes de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas - e funcionários
do sistema prisional.
De acordo com o Ministério da Saúde, também estão aptos a se
imunizar os portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras
condições clínicas especiais. Este público deve apresentar uma
prescrição médica no ato da vacinação.
Os pacientes cadastrados em programas de controle das doenças
crônicas do Sistema Único de Saúde (SUS) também poderão se dirigir aos
postos de saúde em que estão registrados para receber a vacina, sem a
necessidade de prescrição médica.
Por determinação da Organização Mundial da Saúde, a vacina protege
contra três subtipos do vírus da gripe que mais circularam em 2017 no
Hemisfério Sul: A/H1N1; A/H3N2 e influenza B. O governo federal adquiriu
60 milhões de doses da imunização que estão sendo entregues em etapas
aos estados.
Dia D
O Ministério confirmou ainda que no dia 12 de maio ocorrerá o Dia D, uma mobilização nacional pela imunização. Na data, estarão abertos os 65 mil postos de vacinação.
Segudo o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, a meta é vacinar 100%
da população. “É importante reforçar que adquirimos vacina disponível
para todas as pessoas que fazem parte do público-alvo. No ano passado
não faltou vacina e, neste ano, também não faltará", disse.
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