Por Antero Greco - colunista do Estadão
O tema é inevitável e recorrente em época de Copa: apurar como anda a expectativa do brasileiro em relação à competição. Para tanto, fazem-se pesquisas de opinião nas semanas que a antecedem e rendem pautas e análises para a mídias e especialistas em tendências.
O resultado em geral segue modelo padrão e aponta que o torcedor anda com baixo nível de “engajamento” ou coisa que o valha. Pronto, não faltam interpretações de que o glorioso esporte bretão já não arranca suspiros generalizados, seguidas da previsão de que o evento vai transformar-se por aqui num fiasco retumbante. Conversa fiada. Na primeira assoprada de apito, tudo muda. Veremos no dia 14 de junho, um monte de gente que se ligará nas peripécias dos donos da casa contra a Arábia Saudita. E os índices de ibope terão picos a partir do domingo, 17, com Brasil x Suíça, 3 da tarde, horário ideal para churrasco, feijoada, macarrão.
Copa é fenômeno que atrai o frequentador de estádios, o fã de poltrona, ligado em tudo quanto é jogo, mas pela telinha, e o pacheco, torcedor bissexto, patriota de ocasião, que não entende patavina de futebol, mas espera brilho da seleção pela “honra do país”. Tem plateia de toda espécie.
Claro que há os esnobes, que torcem o nariz para “essa bobagem de jogo” e enumeram teses a respeito de manipulação das massas, proveito ideológico e força enganadora emanada de 22 marmanjos brigando por bola. As restrições fazem sentido, e não foram raras as vezes em que Mundial se confundiu com regimes autoritários e/ou desacreditados.
O Brasil está em crise, os tanques dos carros esvaziaram, assim como as gôndolas dos supermercados e as barracas das feiras. O saco de batata valorizou mais do que ouro, há quem se estapeie por uns litros de gasolina. A paciência do povo está no limite, o desemprego cresce. Não se pode fechar os olhos para os dramas cotidianos. Jamais.
No entanto, o Mundial funciona como um passatempo, ligeira anestesia, breve trégua nas preocupações. Uma espécie de carnaval prolongado, que aparece a cada quatro anos. Depois, retomamos a rotina, com alegrias e dissabores. Na década de 70, alguém diria que isso é alienação. Mas até os que lutavam contra a Ditadura esqueciam um pouco das dores para torcer pela seleção.
Conversa fiada. Na primeira assoprada de apito, tudo muda. Veremos no dia 14 de junho, um monte de gente que se ligará nas peripécias dos donos da casa contra a Arábia Saudita. E os índices de ibope terão picos a partir do domingo, 17, com Brasil x Suíça, 3 da tarde, horário ideal para churrasco, feijoada, macarrão.
Copa é fenômeno que atrai o frequentador de estádios, o fã de poltrona, ligado em tudo quanto é jogo, mas pela telinha, e o pacheco, torcedor bissexto, patriota de ocasião, que não entende patavina de futebol, mas espera brilho da seleção pela “honra do país”. Tem plateia de toda espécie.
Claro que há os esnobes, que torcem o nariz para “essa bobagem de jogo” e enumeram teses a respeito de manipulação das massas, proveito ideológico e força enganadora emanada de 22 marmanjos brigando por bola. As restrições fazem sentido, e não foram raras as vezes em que Mundial se confundiu com regimes autoritários e/ou desacreditados.
O Brasil está em crise, os tanques dos carros esvaziaram, assim como as gôndolas dos supermercados e as barracas das feiras. O saco de batata valorizou mais do que ouro, há quem se estapeie por uns litros de gasolina. A paciência do povo está no limite, o desemprego cresce. Não se pode fechar os olhos para os dramas cotidianos. Jamais.
No entanto, o Mundial funciona como um passatempo, ligeira anestesia, breve trégua nas preocupações. Uma espécie de carnaval prolongado, que aparece a cada quatro anos. Depois, retomamos a rotina, com alegrias e dissabores. Na década de 70, alguém diria que isso é alienação. Mas até os que lutavam contra a Ditadura esqueciam um pouco das dores para torcer pela seleção.
O tema é inevitável e recorrente em época de Copa: apurar como anda a expectativa do brasileiro em relação à competição. Para tanto, fazem-se pesquisas de opinião nas semanas que a antecedem e rendem pautas e análises para a mídias e especialistas em tendências.
O resultado em geral segue modelo padrão e aponta que o torcedor anda com baixo nível de “engajamento” ou coisa que o valha. Pronto, não faltam interpretações de que o glorioso esporte bretão já não arranca suspiros generalizados, seguidas da previsão de que o evento vai transformar-se por aqui num fiasco retumbante. Conversa fiada. Na primeira assoprada de apito, tudo muda. Veremos no dia 14 de junho, um monte de gente que se ligará nas peripécias dos donos da casa contra a Arábia Saudita. E os índices de ibope terão picos a partir do domingo, 17, com Brasil x Suíça, 3 da tarde, horário ideal para churrasco, feijoada, macarrão.
Copa é fenômeno que atrai o frequentador de estádios, o fã de poltrona, ligado em tudo quanto é jogo, mas pela telinha, e o pacheco, torcedor bissexto, patriota de ocasião, que não entende patavina de futebol, mas espera brilho da seleção pela “honra do país”. Tem plateia de toda espécie.
Claro que há os esnobes, que torcem o nariz para “essa bobagem de jogo” e enumeram teses a respeito de manipulação das massas, proveito ideológico e força enganadora emanada de 22 marmanjos brigando por bola. As restrições fazem sentido, e não foram raras as vezes em que Mundial se confundiu com regimes autoritários e/ou desacreditados.
O Brasil está em crise, os tanques dos carros esvaziaram, assim como as gôndolas dos supermercados e as barracas das feiras. O saco de batata valorizou mais do que ouro, há quem se estapeie por uns litros de gasolina. A paciência do povo está no limite, o desemprego cresce. Não se pode fechar os olhos para os dramas cotidianos. Jamais.
No entanto, o Mundial funciona como um passatempo, ligeira anestesia, breve trégua nas preocupações. Uma espécie de carnaval prolongado, que aparece a cada quatro anos. Depois, retomamos a rotina, com alegrias e dissabores. Na década de 70, alguém diria que isso é alienação. Mas até os que lutavam contra a Ditadura esqueciam um pouco das dores para torcer pela seleção.
Conversa fiada. Na primeira assoprada de apito, tudo muda. Veremos no dia 14 de junho, um monte de gente que se ligará nas peripécias dos donos da casa contra a Arábia Saudita. E os índices de ibope terão picos a partir do domingo, 17, com Brasil x Suíça, 3 da tarde, horário ideal para churrasco, feijoada, macarrão.
Copa é fenômeno que atrai o frequentador de estádios, o fã de poltrona, ligado em tudo quanto é jogo, mas pela telinha, e o pacheco, torcedor bissexto, patriota de ocasião, que não entende patavina de futebol, mas espera brilho da seleção pela “honra do país”. Tem plateia de toda espécie.
Claro que há os esnobes, que torcem o nariz para “essa bobagem de jogo” e enumeram teses a respeito de manipulação das massas, proveito ideológico e força enganadora emanada de 22 marmanjos brigando por bola. As restrições fazem sentido, e não foram raras as vezes em que Mundial se confundiu com regimes autoritários e/ou desacreditados.
O Brasil está em crise, os tanques dos carros esvaziaram, assim como as gôndolas dos supermercados e as barracas das feiras. O saco de batata valorizou mais do que ouro, há quem se estapeie por uns litros de gasolina. A paciência do povo está no limite, o desemprego cresce. Não se pode fechar os olhos para os dramas cotidianos. Jamais.
No entanto, o Mundial funciona como um passatempo, ligeira anestesia, breve trégua nas preocupações. Uma espécie de carnaval prolongado, que aparece a cada quatro anos. Depois, retomamos a rotina, com alegrias e dissabores. Na década de 70, alguém diria que isso é alienação. Mas até os que lutavam contra a Ditadura esqueciam um pouco das dores para torcer pela seleção.
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