Estou
gostando dos desafios que fazem à minha memória. Indagam se eu sei que
imóvel é este, localizado no centro da cidade de Santarém. Com absoluta
certeza, eu sei a sua localização e o que funcionava nele. Mas, antes de
revelar, dou uma chance à mocorongada da Velha Guarda, de testar o seu
conhecimento das coisas antigas da nossa terra querida.
De José Joaquim Sarmento: Delegacia de Policia
ResponderExcluirDe Miguel Ney: Também, nessa delegacia, respondia pelo pacato trânsito o sr Mamá (pai do mecânico Ray que era estabelecido na Galdino Veloso ) . Onde igualmente foi instalado o primeiro semáforo da cidade.
ResponderExcluirDe Jose Carlos Merabet: Correto, Delegacia de Policia, localizada na rua Siqueira Campos com a Trav. dos Mártires.
ResponderExcluirErcio Bemerguy Acertaram! Delegacia de Polícia, com apenas duas pequenas celas, no tempo em que Santarém era uma cidade pacata, com poucas ocorrências policiais, sem a bandidagem agindo com violência, sem traficastes de drogas, como é hoje. Eu lembro de alguns bons delegados, entre eles, tenente Liberalino Pereira e Avelino Almeida.
ResponderExcluirA PRISÃO DO TUBISTA E SUA TUBA, NA FESTA DE N. S. DA CONCEIÇÃO
ResponderExcluirUma vez o músico Nicanor Barbosa (sucessor do Perílio Cardoso, na tuba) foi preso, com tuba e tudo, na Delegacia de Polícia, porque, enquanto integrante da Banda Municipal Professor José Agostinho, que tocava no Coreto da Praça da Matriz, em Santarém-PA, durante o período de Festividade de N. S. da Conceição, foi acusado de ter empurrado um garoto que, ao tentar subir pelas laterais do Coreto, despencou até o chão.
A Delegacia de Polícia ficava bem próximo da Praça da Matriz.
Nessa época eu era acadêmico do Curso Direito na Universidade Federal do Pará, em Belém, em gozo de férias, na terra querida.
E esse poderia ser o primeiro caso de "habeas corpus" de minha atuação jurídica.
Não foi preciso impetrar o remédio heróico.
O tubista e a tuba foram soltos graças à interferência do Prefeito Municipal Everaldo Martins, um dos criadores, juntamente com meu pai (Wilson Fonseca, Maestro Isoca) e meu tio (Wilde Fonseca, Maestro Dororó), da famosa Banda Municipal Professor José Agostinho.
Naquela noite, a Banda estava sob minha eventual direção, que também integrava a orquestra.
Foi um momento de muita tensão e expectativas, pois enquanto o músico e seu instrumento ficaram detidos por quase uma hora, o arraial e o coreto da Praça da Matriz ficaram mais tristes, sem música, ao vivo.
É claro que as mensagens enviadas pelo tradicional serviço sonoro (alto-falante) continuaram.
Com a libertação do Nicanor e sua tuba, a Banda voltou a animar os santarenos que passeavam em torno da Praça da Matriz, com o seu histórico Coreto de tantas lembranças.
Não recordo quem era o Delegado de Polícia, na época (por volta de 1967-1971).
E assim termina mais uma história (verdadeira) da nossa querida Santarém, com a prisão "em flagrante" do tubista e sua tuba. Mas com um final feliz!...
Os Dobrados, Marchas, Valsas, Foxes, Sambas e Maxixes voltaram ao Coreto, com o retorno do Nicanor à Banda. Para alegria e felicidade geral dos mocorongos.
Quanto ao garoto, nada ficou provado contra o tubista Nicanor e tudo não passou de mero acidente provocado por um menino que caiu do Coreto, quando ele disputava um lugar mais próximo dos músicos para assistir a Banda tocar. Nada grave. Traquinagem de garoto sapeca, que gostava de ver e ouvir a boa música mais perto dos músicos (Dudu, Sinézio, Manduca, Adalgizo, Bazinho, Faiéco, Mimi e tantos outros). Quanta saudade daquele tempo...
Abraços,
Vicente Malheiros da Fonseca.