Por Luis Fernando Verissimo - No Estadão
Há palavras que entram na moda, ninguém sabe bem por quê. Você começa a encontrá-las cada vez mais, em textos e conversas. Não são, necessariamente, palavras novas, são palavras resgatadas que têm seu momento de destaque e podem sair de moda como entraram, misteriosamente.
Por exemplo: protagonismo. Um protagonista é alguém que ganha notoriedade e importância pela sua participação na atualidade nacional, e pode influenciar os acontecimentos com sua atuação em cena.
Como outros atores, um protagonista pode ser bom ou ruim, talentoso ou canastrão, desde que seja ouvido e pelo menos pareça ser influente.
O Supremo Tribunal Federal ganhou um protagonismo inédito nestes últimos conturbados tempos, o que significou um torneio interno entre ministros para saber quem é mais protagonista. Está dando empate.
Outra palavra na moda é “icônico”. Significa algo mais do que apenas superior, algo simbólico reverenciado sem reservas, de valor antigo e eterno. Ícones, na origem, eram figuras religiosas, mas a palavra “icônica”, como está sendo usada, representa qualquer figura venerada, do Santo Pai ao Roberto Carlos.
“Ícone” não é sinônimo de ídolo, mas sua vulgarização pode dar nisso. Como consolo, pense de quantas pessoas hoje chamadas de protagonistas, no Brasil se pode dizer que são ícones, ou coisa parecida? Parte da nossa tragédia se deve a isso, protagonistas demais e ícones de menos.
Há palavras que entram na moda, ninguém sabe bem por quê. Você começa a encontrá-las cada vez mais, em textos e conversas. Não são, necessariamente, palavras novas, são palavras resgatadas que têm seu momento de destaque e podem sair de moda como entraram, misteriosamente.
Por exemplo: protagonismo. Um protagonista é alguém que ganha notoriedade e importância pela sua participação na atualidade nacional, e pode influenciar os acontecimentos com sua atuação em cena.
Como outros atores, um protagonista pode ser bom ou ruim, talentoso ou canastrão, desde que seja ouvido e pelo menos pareça ser influente.
O Supremo Tribunal Federal ganhou um protagonismo inédito nestes últimos conturbados tempos, o que significou um torneio interno entre ministros para saber quem é mais protagonista. Está dando empate.
Outra palavra na moda é “icônico”. Significa algo mais do que apenas superior, algo simbólico reverenciado sem reservas, de valor antigo e eterno. Ícones, na origem, eram figuras religiosas, mas a palavra “icônica”, como está sendo usada, representa qualquer figura venerada, do Santo Pai ao Roberto Carlos.
“Ícone” não é sinônimo de ídolo, mas sua vulgarização pode dar nisso. Como consolo, pense de quantas pessoas hoje chamadas de protagonistas, no Brasil se pode dizer que são ícones, ou coisa parecida? Parte da nossa tragédia se deve a isso, protagonistas demais e ícones de menos.
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