“A narrativa agora é que eu perderia no segundo turno para qualquer um”, afirmou, se referindo às pesquisas de intenção de voto. O mais recente levantamento do Ibope registrou uma série de empates técnicos nas simulações de segundo turno em que Bolsonaro disputa com qualquer um de seus principais adversários. “A grande preocupação realmente não é perder no voto, é perder na fraude”, disse.
As declarações foram dadas no momento em que Bolsonaro criticava a recusa em utilizar o voto impresso nas eleições 2018, projeto que ele defendeu como deputado federal. “Essa possibilidade de fraude no segundo turno, talvez até no primeiro, é concreta”, afirmou ele, sem explicar como isso ocorreria.
O presidenciável disse também que, caso Haddad vença as eleições, terá como primeiro ato de governo dar um indulto a Lula para, em seguida, nomeá-lo chefe da Casa Civil. O candidato afirmou que, se até agora o ex-presidente não tentou fugir do prédio da Polícia Federal onde está preso, em Curitiba, é porque teria um plano B. “Eu não consigo pensar em outra coisa, senão num plano B”, disse, sem entrar em detalhes sobre como seria o plano.
Facada
No vídeo, Bolsonaro relembrou o episódio da facada, desferida pelo pedreiro Adelio Bispo de Oliveira, que está preso. “Num primeiro momento, achei que tinha sido um soco; depois o tempo foi passando e vimos que tinha sido algo mais grave.” O candidato também fez um agradecimento a seus eleitores de Juiz de Fora e à equipe da Polícia Federal que fez sua segurança no evento.
Bolsonaro disse ainda que foi autorizado pela equipe médica do hospital a fazer a transmissão ao vivo. “Apesar de ainda estar bastante debilitado, reúno forças que vem de vocês. Creio que esse breve pronunciamento pode trazer notícias e apreensões que tenho para o futuro do nosso Brasil. Grato pelo apoio, consideração, orações e confiança”, escreveu em sua página no Facebook, no anúncio da transmissão.
Após ataque, página contra candidato do PSL volta ao ar
Atacada por hackers no sábado, 15, à noite, a página “Mulheres Unidas Contra Bolsonaro”, criada no Facebook por eleitoras contrárias ao candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, voltou ao ar na tarde deste domingo. O grupo, que havia sido criado há duas semanas, teve o nome mudado no ataque para “Mulheres com Bolsonaro #17” – em referência ao número do partido do presidenciável. Além disso, uma foto do candidato com uma bandeira do Brasil era exibida na capa da página.
O ataque gerou uma onda de críticas. Em campanha em São Paulo, Marina Silva (Rede) disse que deve haver punição aos responsáveis por “instituições que cuidam pela democracia”. Questionada se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deveria interferir no caso, respondeu que a intervenção deve ser de “todas as instituições que têm o mandato de defender a democracia.”
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