Preconceito e violência
Renata Vasconcellos - Durante a campanha, o senhor já teve a oportunidade de se desculpar por palavras mais fortes que usou em sua pregação sobre um projeto polêmico de educação sexual nas escolas. Chegou até a pedir desculpas aqui no JN por ter se excedido no calor das discussões. Em outra ocasião, disse enfaticamente não ter nada contra os gays. Depois, disse que vai lutar contra aqueles que querem dividir o Brasil entre homos e héteros, entre brancos e negros, entre sulistas e nordestinos. Há relatos concretos sobre pessoas que têm agredido gays – verbalmente e fisicamente. Na campanha, o senhor repudiou o voto dos que usam a violência. Como presidente eleito, o que o senhor diria para aqueles que ousem ser preconceituosos e agressivos contra outro ser humano apenas por serem gays?
Renata Vasconcellos - Durante a campanha, o senhor já teve a oportunidade de se desculpar por palavras mais fortes que usou em sua pregação sobre um projeto polêmico de educação sexual nas escolas. Chegou até a pedir desculpas aqui no JN por ter se excedido no calor das discussões. Em outra ocasião, disse enfaticamente não ter nada contra os gays. Depois, disse que vai lutar contra aqueles que querem dividir o Brasil entre homos e héteros, entre brancos e negros, entre sulistas e nordestinos. Há relatos concretos sobre pessoas que têm agredido gays – verbalmente e fisicamente. Na campanha, o senhor repudiou o voto dos que usam a violência. Como presidente eleito, o que o senhor diria para aqueles que ousem ser preconceituosos e agressivos contra outro ser humano apenas por serem gays?
Jair Bolsonaro - A agressão contra os semelhantes tem que ser punida na
forma da lei e se for por um motivo como esse tem que ter pena
agravada. Deixo bem claro: ganhei rótulo por muito tempo de homofóbico.
Na verdade, fui contra a um kit feito pelo então ministro da Educação,
Haddad, que de 2009 para 2010, onde chegaria nas escolas um conjunto de
livros e cartazes e filmes onde passaram crianças se acariciando e
meninos se beijando. Não poderia concordar com isso. A forma como
ataquei essa questão é que foi um tanto quanto agressiva porque achava
que o momento merecia isso. Tivemos em parte sucesso porque no ano
seguinte a presidente Dilma, depois de ouvir as bancadas evangélica e
católica, resolveu recolher o material. Mas o rótulo ficou em cima de
mim. Isso tudo aconteceu por causa do 9º seminário LGBT infantil na
Comissão de Direitos Humanos da Câmara onde presente estava o secretário
de Alfabetização, André Lazaro. E os senhores podem pegar as imagens no
YouTube onde ele dizia que passou discutindo até onde a língua da
menina entraria na boca da outra. A essa agressão contra a família e
contra a inocência das crianças em sala de aula resultou na minha forma
um tanto quanto violenta, concordo, para tentar demover o ministério
dessas cartilhas, filmes e cartazes.
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