O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, tem recebido sugestões para fundir o Banco do Nordeste (BNB) e o Banco da Amazônia (Basa) com o BNDES, mas afirmou a interlocutores que não gosta da ideia. Como as três instituições têm a mesma atribuição, embora duas delas com foco regional, os defensores dizem que a fusão geraria economia de despesas com o funcionamento. Os cargos no BNB e no Basa são tradicionalmente loteados por políticos. O comando dos dois bancos, por exemplo, está nas mãos de indicados do MDB do Senado.
Fonte: Estadão
Nós (e quando eu digo “nós”, eu digo o povo da Amazônia) só teremos a perder com essa aglutinação com o BNDES.
ResponderExcluirNo nosso próprio país nós somos “o resto”; o país não é a Amazônia.
A Amazônia só serve para atender ao país quando ele necessita de energia elétrica; só serve para atender ao país quando ele necessita da mineração, nela incluidos materiais preciosos e minerais estratégicos; só serve ao país para garantir que nós, os mortais, continuemos respirando o oxigênio gerado pela queima do gas carbônico que todo país produz diariamente; só serve ao país quando permite que as outras regiões tenham facilidade para exportar as riquezas que produzem, diante das facilidades permitidas pela invasão dos nossos limites geográficos; e só serve ao país quando permite que uma parte do seu território seja explorada em favor das vontades daqueles que esgotaram as reservas naturais dos seus próprios limites territoriais.
Se nós não tivermos a garantia de ter um organismo voltado para nós e a garantia de termos as disponibilidades financeiras que nos permitam desenvolver, estaremos “fritos”.
Resta precisarmos possuir a liberdade de poder indicar gente capacitada para gerir os recursos colocados à nossa disposição. Caso contrário, continuaremos na estaca zero.
Em 20 de outubro do ano passado a revista Exame, comentando a atuação da Presidente do BNDES Maria Silvia Bastos Marques, indicada por político e que deixara o cargo em princípios daquele ano, salientava que “ em vez de receber aportes do Tesouro para aumentar seu poderio de injetar dinheiro na economia, o BNDES passou a ser chamado a acudir o caixa da União, antecipando a quitação de empréstimos que seriam pagos em décadas. No ano passado, ainda sob o comando de Maria Silvia, o banco antecipou 100 bilhões de reais ao Tesouro para ajudar a reduzir o déficit do governo. A medida desagradou a corporação. “A Maria Silvia era uma espécie de interventora da Fazenda, e o Henrique Meirelles quer resolver os problemas do governo com o caixa do BNDES”, afirma Arthur Koblitz, vice-presidente da associação dos funcionários do banco”.
ResponderExcluirComo se vê, o chamado loteamento político não é exclusividade do BASA, pelo menos.