Por José Nêumanne/Estadão
Na semana passada, o relator da Lava Jato no STF, Edson Fachin,
divulgou relatório sobre suas atividades no combate à corrupção e o Estadão
publicou ontem entrevista dele garantindo que “o Supremo é muito maior
do que a Lava Jato”. Deve ter sido acometido de “síndrome de supremacia”
aguda porque, na verdade, a cúpula do Judiciário só saiu do zero
condenação ao apenar o deputado de baixíssimo clero Nelson Meurer,
enquanto Curitiba produziu 226 contra 146 pessoas, porque algumas foram
condenadas mais de uma vez e todas as sentenças juntas somam 2.120 anos,
5 meses e 20 dias de cadeia. A comparação é constrangedora e Sua
Excelência perdeu excepcional chance de calar.
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