"Quanto eu gostaria que as chamadas socialites, que perdem tempo em cabeleireiros e estilistas, levassem a sério pelo menos estas palavras de São Pedro: ´Não consista o vosso adorno em exterioridades como o trançado dos cabelos, o uso de jóias de ouro ou o trajar de vestes finas, mas nas qualidades pessoais íntimas, isto é, na incorruptibilidade de um espírito manso e tranqüilo, que é coisa preciosa diante de Deus.`
Lembrem-se de que nada nos valerá ter pontificado nas colunas sociais como gente fina se não fizermos de nossas andanças no vale de lágrimas uma semeadura constante de boas obras. Mas ainda há tempo, ó cintilantes locomotivas de todas as elites. Ainda há tempo de meditarem naquela famosa quadrinha que resume todo o Evangelho: ´Um dia tu morrerás. Deus olhará tuas mãos e dentro delas só terás o que deste aos teus irmãos`. Só isso!”
(Trecho da crônica “Gente Fina”, autoria de Emir Bemerguy, publicada no jornal O Liberal na década de 80)
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